Sem Spider e GSP, 2014 é um ano chave para o UFC
Se 2013 foi um ano em que o UFC manteve sua expansão, fez grandes lutas e atingiu novos patamares como organização, 2014 será um ano chave para o maior evento de MMA da atualidade. Tudo porque, além de buscar aumentar ainda mais seus tentáculos pelo globo, o Ultimate terá o desafio de fazer isso sem […]
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Se 2013 foi um ano em que o UFC manteve sua expansão, fez grandes lutas e atingiu novos patamares como organização, 2014 será um ano chave para o maior evento de MMA da atualidade. Tudo porque, além de buscar aumentar ainda mais seus tentáculos pelo globo, o Ultimate terá o desafio de fazer isso sem os dois astros que lideraram o quadro de lutadores pelos últimos sete anos: Anderson Silva e Georges St-Pierre.
Duas das maiores estrelas do evento, ambos começaram a rota do estrelato em 2006 e foram fundamentais no crescimento do UFC não só nos Estados Unidos, mas fora dele. Agora, Jon Jones e Ronda Rousey surgem como os dois nomes que necessariamente precisam ser as apostas do Ultimate em 2014, para que a liga mantenha o alto patamar com que trabalha e vá além.
No âmbito geral, as perdas têm consequências bastante claras e atacam diretamente o bolso do UFC. Anderson Silva, depois de fraturar a perna contra Chris Weidman, terá pelo menos nove meses de recuperação e dificilmente será colocado no octógono em menos de um ano. Isso se não anunciar sua aposentadoria definitiva, aumentando o problema para o Ultimate, já que um retorno, mesmo que para uma luta final, atrairia muita atenção.
Já Georges St-Pierre está afastado por tempo indeterminado por razões pessoais, depois de alegar ter se estafado da pressão de lutar por tanto tempo em alto nível.
A soma dos dois problemas já afeta diretamente os negócios pelo simples fato de eles serem os maiores vendedores de pay per views da organização, uma das fontes de renda do Ultimate e também um termômetro do interesse de público, principalmente nos Estados Unidos.
Além disso, Anderson e GSP representaram o grande trunfo do UFC na entrada de dois dos seus três maiores mercados: o Brasil e o Canadá. Ambos os países foram fundamentais para a organização passar a se expandir no mercado internacional.
Neste caso, GSP aparece até como um problema maior, já que o Canadá não tem outros lutadores para tomarem o posto de ídolo e rumarem ao cinturão neste momento. Para o Brasil, nomes como José Aldo, Renan Barão e Vitor Belfort seguram esta onda, apesar de a ausência de Anderson realmente surgir como um grande teste para se notar a fidelização do público no MMA.
Mesmo que dificilmente lutem mais do que duas vezes ao ano, a repercussão que Anderson e GSP geram é tanta, que o Ultimate terá dificuldades de encontrar tão rapidamente substitutos para este cargo.
Cabe a Jon Jones assumir o papel de grande astro da organização, com o desafio de Ronda Rousey ser alçada a co-líder e o peso pesado Cain Velásquez se juntar a este time. Jon Jones já é uma realidade no UFC e é natural que chegue a este status com tudo o que já fez como campeão dos meio-pesados. No entanto, ainda se espera que ele consiga vender mais pay per views.
No caso de Ronda, a dificuldade é fazer com que o MMA feminino chegue ao patamar do masculino, mesmo que as lutas entre mulheres da organização tenham sido reconhecidamente algumas das melhores disputadas em 2013. O fato de ela ter passado de queridinha a vilã por conta da rivalidade com Miesha Tate pode ser até um combustível para isso, e o UFC já está aproveitando para lucrar em cima da campeã, que volta ao octógono em fevereiro, menos de dois meses após o UFC 168.
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