Sem repressão, pichadores deixam marcas em pontos cada vez mais difíceis da Capital

Desde que a onda de pichações começou em Campo Grande, as autoridades prometem investigação e punição. Poucos foram detidos em flagrante, e mais famosos, como o ‘Xarada’, continuam à solta.

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Desde que a onda de pichações começou em Campo Grande, as autoridades prometem investigação e punição. Poucos foram detidos em flagrante, e mais famosos, como o ‘Xarada’, continuam à solta.

Os pichadores estão a cada dia mais ousados em Campo Grande. Os ‘desenhos’ e frases indecifráveis estão por todos os lados e não poupam nem mesmo os prédios residenciais e as altas caixas d´água da empresa concessionária de serviços de água e esgoto da Capital. As pichações têm tirado o sono de muitos moradores e ganharam repercussão na cidade depois de monumentos, prédios históricos e até o Paço Municipal serem pichado pelo “Xarada”. Até o momento, ninguém foi preso ou responsabilizado pelo ato de vandalismo.

Uma das pichações que mais chamam atenção na região central, está a de um prédio residencial na Rua 15 de Novembro quase esquina com a Rua José Antônio Pereira. As pichações foram feitas no terraço acima do último andar do prédio e repetem as palavras já pichadas por outras regiões da cidade.

O ato de vandalismo teria acontecido no fim do ano passado. Uma moradora diz que até hoje não se sabe como o pichador entrou no prédio.  Além da pichação, a moradora diz que a parte superior do prédio teria sido arrombada e foi vandalizada. Alguns dos moradores ficaram receosos de que além do ato de vandalismo, as marcas possam significar algum tipo de sinal para criminosos.

No Centro de Campo Grande, além dos muros, a “moda” é pichar acima das marquises das lojas. Na Rua 13 de Maio, muitos estabelecimentos já tiveram a fachada vandalizada. Os comerciantes dizem que o ato acontece à noite e temendo que os casos piorem, preferem não se identificar.

As caixas d’água também não são poupadas. Com mais de 20 metros de altura. As caixas d’água dos bairros Coophasul, Mata do Jacinto e da Avenida Coronel Antonino estão pichadas. Os locais são cercados e por grades, têm cadeados e placas de acesso proibido, mas mesmo assim, foram invadidos pelos pichadores, que sobem vários metros para pichar no alto das caixas d’água.

Um dos locais sempre lembrados pela audácia dos pichadores é o prédio do antigo Hotel Campo Grande, na Rua 13 de Maio. Atualmente, a parte de baixo do prédio está locada para lojas. Segundo trabalhadores do local, as pichações são antigas e o acesso ao interior do prédio está totalmente fechado por grades.

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