RS: pivô de racismo contra Aranha tem casa incendiada

Os atos de violência contra a torcedora Patrícia Moreira, do Grêmio, parecem não ter fim. Flagrada chamando o goleiro Aranha de “macaco” na partida contra o Santos, pela Copa do Brasil, ela teve a casa incendiada nesta sexta-feira. De acordo com o advogado da garota, Alexandre Rossato, o incidente aconteceu nesta madrugada e, felizmente, não […]

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Os atos de violência contra a torcedora Patrícia Moreira, do Grêmio, parecem não ter fim. Flagrada chamando o goleiro Aranha de “macaco” na partida contra o Santos, pela Copa do Brasil, ela teve a casa incendiada nesta sexta-feira. De acordo com o advogado da garota, Alexandre Rossato, o incidente aconteceu nesta madrugada e, felizmente, não havia ninguém na residência.

“O incêndio foi nesta madrugada e não tinha ninguém em casa, apenas alguns móveis. Acreditamos que tenha sido criminoso. Os vizinhos foram responsáveis por alertar os bombeiros”, disse ele em contato com a reportagem do Terra.

Ainda segundo o advogado, para a segurança, Patrícia não está morando em Porto Alegre e os familiares estão em endereços diferentes. Desde que deixou a cidade, a casa estava disponível para ser alugada.

Patrícia Moreira, que também teve a casa apedrejada após o caso, se pronunciou pela primeira vez na sexta passada. A jovem organizou um encontro com jornalistas e, aos prantos, pediu desculpas ao goleiro Aranha e ao Grêmio, além de negar ter agido com intenção de cometer um ato racista. Após a declaração da torcedora, Aranha disse perdoar a atitude, mas cobrou a devida punição a ela.

Segundo o delegado titular da 14ª Delegacia de Polícia, Thiago Baldin, o Corpo de Bombeiros foi comunicado do incêndio por volta das 4h, atendeu a ocorrência, mas não comunicou as autoridades policiais sobre o ocorrido, tendo em vista a situação de Patrícia, que já recebeu, inclusive, ameaças.

“De acordo com os relatos, uma vizinha ligou para o irmão da Patrícia sobre o que tinha acontecido, mas não teve comunicação para a Polícia Civil, porque o caso dela é notório, uma vez que tinha até recebido ameaças de estupro. Acionamos o Instituto Geral de Perícias, que deve emitir um laudo para a abertura do inquérito”, disse Baldin.

Entretanto, a polícia ainda não tinha previsão da chegada dos peritos. O irmão de Patrícia, identificado apenas como Sindey, estava no local, mas não quis dar entrevista. Populares acompanhavam o trabalho da polícia durante a tarde.

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