Remédio contra gripe A é distribuído com validade estendida em postos de saúde

O Tamiflu, primeiro medicamento desenvolvido para combate à gripe A, está sendo distribuído com prazo de validade estendido em unidades de saúde pública de Campo Grande. A medida, adotada pelo próprio Ministério da Saúde, até assustou alguns pacientes, mas a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) garante que nenhum remédio sem condições de uso é entregue nas […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O Tamiflu, primeiro medicamento desenvolvido para combate à gripe A, está sendo distribuído com prazo de validade estendido em unidades de saúde pública de Campo Grande. A medida, adotada pelo próprio Ministério da Saúde, até assustou alguns pacientes, mas a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) garante que nenhum remédio sem condições de uso é entregue nas farmácias dos postos de saúde.

Segundo as informações divulgadas oficialmente, apenas lotes do Tamiflu guardados no Serviço de Almoxarifado do Ministério da Saúde, onde há controle de armazenagem, são passíveis de terem a data de validade alterada. É a segunda vez, desde 2009, que o prazo de vencimento do remédio é estendido: a primeira foi de 36 para 48 meses, naquele ano, e recentemente de 48 para 60 meses.

A mudança no prazo de validade do Tamiflu é feita com autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O objetivo da medida é garantir o atendimento à demanda pelo medicamento na rede pública em todo o Brasil.

Na tarde deste sábado (2), um leitor do Midiamax entrou em contato com a redação mostrando, inicialmente, que teria recebido Tamiflu com validade vencida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, na Capital. Na embalagem, havia inscrição de que o medicamento vencia em novembro de 2013.

O mesmo leitor, minutos depois, enviou nova imagem na qual constatava haver etiqueta, adesivada à caixa do remédio, com a inscrição “Medicamento com validade ampliada”, detalhes como número de lote e da autorização da Anvisa, e o novo prazo: novembro de 2014.

A reportagem acionou o secretário municipal de Saúde, Jamal Salém. Ele ressaltou que o medicamento está dentro da normalidade e que, inclusive, há em todas as caixas a etiqueta descritiva, na qual consta ‘medicamento com validade ampliada’, autorizada pela Anvisa.

O secretário explica que a orientação, dada a farmacêuticos e enfermeiros na rede de saúde da Capital, é não deixar medicamento vencido na prateleira. Ele ressaltou, também, que o Tamiflu é repassado pelo Ministério da Saúde e não adquirido pela Sesau.

Ao ser consultado pela reportagem sobre o ‘susto’ do paciente, o próprio secretário, ao explicar o procedimentoa adotado pelo Ministério da Saúde, enviou à redação imagens com detalhes da etiqueta descritiva da validade estendida.

WhatsApp: fale com os jornalistas do Midiamax

O leitor enviou as imagens pelo WhatsApp da redação, no número (67) 9207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem diretamente com os jornalistas do Midiamax. Flagrantes inusitados, denúncias, reclamações e sugestões podem ser enviados com total anonimato garantido pela lei.

Conteúdos relacionados