Rafting nas corredeiras do Rio Corumbá é ideal para iniciantes
A sensação ao chegar à margem do Rio Corumbá é de ansiedade. Uma mistura de medo com vontade de se aventurar no maior rio do Planalto Central toma conta dos participantes. Orientadas por especialistas em rafting, as pessoas entram nos botes de seis lugares e logo começam a navegar. Depois de uma breve e importante […]
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A sensação ao chegar à margem do Rio Corumbá é de ansiedade. Uma mistura de medo com vontade de se aventurar no maior rio do Planalto Central toma conta dos participantes. Orientadas por especialistas em rafting, as pessoas entram nos botes de seis lugares e logo começam a navegar. Depois de uma breve e importante aula dentro da embarcação inflável, todas estão prontas para descer os 12km de corredeira. Esse tem sido o programa de verão de muitos brasilienses que optaram por aproveitar a quente estação no Cerrado.
A 130km de Brasília, próximo a Pirenópolis (GO), o Corumbá torna-se ideal para a prática da modalidade entre os meses de novembro e abril. É durante a temporada de chuva que o nível do rio sobe e o local começa a receber os resistentes botes de PVC, com cerca de quatro metros de cumprimento. As corredeiras e quedas d’água chegam à classe III, ideal para principiantes. Momentos de muita emoção, com descidas de até três metros de altura, são intercalados com remadas contemplativas durante longos remansos, exigindo bastante força nos braços.
“É um percurso muito tranquilo, com alguns picos de adrenalina. São três quedas maiores, classe III, além de corredeiras que empurram o bote. Mas também há bons momentos de calmaria, com muita natureza ao redor”, descreve Maurício Martins, instrutor de uma agência especializada em esportes radicais. Ele costuma pegar pesado com os integrantes do bote. “É um trabalho em equipe. Se um para de remar, ou fica alisando a água, o bote desanda e pode bater em pedras ou árvores”, relata.
Embora haja muitos momentos para relaxar ao som dos pássaros e em meio às borboletas que circulam o local, os remadores precisam ficar atentos ao ambiente. É comum passar por troncos de árvores derrubadas pelo vento, capazes de criar solavancos e quedas. Nas corredeiras, as chances de esbarrões entre os integrantes do bote aumentam. “Às vezes, um não consegue segurar direito e cai em cima do outro. Há riscos, já que é um esporte de aventura”, alerta Maurício. As chances diminuem com o uso obrigatório de colete salva-vidas e capacete.
Para não haver erro, as orientações são passadas antes da prática e reforçadas a bordo. Todos precisam aprender rapidamente comandos básicos. Quem lidera o bote é o instrutor, sentado na parte de trás, de onde pode observar todos. Ele é responsável por dar os comandos e trabalha também como lemista, dando direção ao barco. Na ponta, vai a pessoa responsável por definir o ritmo da remada. Todos devem imitar o movimento para que haja sincronia e o bote se movimente de forma eficaz. “Não tem erro: cumprindo as ordens, todo mundo sai cansado e feliz do rafting, sempre com vontade de voltar”, completa Maurício.
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