Putin apresenta plano de 7 pontos para solucionar crise na Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou um plano de sete pontos para pôr fim ao conflito no leste da Ucrânia, no qual Kiev deve retirar suas tropas das proximidades das cidades rebeldes e as milícias pró-russas, por sua vez, encerrar a contraofensiva lançada há uma semana. Durante sua visita à Mongólia, o presidente russo […]
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou um plano de sete pontos para pôr fim ao conflito no leste da Ucrânia, no qual Kiev deve retirar suas tropas das proximidades das cidades rebeldes e as milícias pró-russas, por sua vez, encerrar a contraofensiva lançada há uma semana.
Durante sua visita à Mongólia, o presidente russo apresentou um plano de sete pontos que, em sua opinião, poderia ser estipulado já nesta semana pelos dois lados para encerrar o derramamento de sangue no leste da Ucrânia, informou desde Ulan Bator a agência russa “Interfax”.
“Em primeiro lugar, é preciso pôr fim às operações ofensivas das Forças Armadas (da Ucrânia) e dos grupos armados das milícias do sudeste da Ucrânia nas frentes de Donetsk e Lugansk”, ressaltou Putin.
Ao mesmo tempo, segundo o plano explicado pelo líder do Kremlin, “as forças da Ucrânia devem recuar suas unidades”.
O terceiro ponto da proposta, elaborada durante o voo para Ulan Bator, contempla “um controle internacional objetivo e verificável das condições do cessar-fogo”.
Além disso, o plano inclui “o fim do uso da aviação de guerra contra a população civil nas cidades da região em conflito e a criação de um mecanismo de troca de presos mediante a fórmula ‘todos por todos’”.
O sexto ponto se relaciona à abertura de corredores humanitários para o deslocamento de refugiados e para entrega de cargas humanitárias às cidades e outros núcleos populacionais das regiões de Donetsk e Lugansk.
Por último, segundo Putin, o acordo deve incluir o envio de especialistas “para a reparação das infraestruturas sociais e comunais destruídas” no leste ucraniano, onde os separatistas pró-Rússia, segundo Kiev, contam com ajuda russa em tropas e armamento.
O presidente russo manifestou que os dois lados têm a oportunidade de fechar o acordo durante as consultas do Grupo de Contato para a Ucrânia, a serem realizadas na próxima sexta-feira na capital bielorrussa.
Antes da apresentação do plano de Putin, a presidência da Ucrânia havia anunciado um acordo para se chegar a um cessar-fogo após conversa telefônica entre o líder russo e o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.
O anúncio do acordo sobre o cessar-fogo vem à tona em meio a uma bem-sucedida contraofensiva das milícias pró-Rússia, que, em pouco mais de uma semana, recuperaram dezenas de localidades controladas pelas forças de Kiev e abriram uma terceira frente no sul da região de Donetsk.
Rebeldes consideram acordo provocação
Um líder dos rebeldes pró-Rússia na região de Donbass, leste da Ucrânia, disse nesta quarta-feira que a retirada das forças ucranianas do “nosso território” era a principal condição para a paz na área controlada pelos separatistas.
Vladimir Antyufeyev, vice-premiê da autoproclamada República Popular de Donetsk, disse à Reuters por telefone que as negociações entre Rússia e Ucrânia por um cessar-fogo eram uma “provocação”, porque a Rússia não era uma das partes envolvidas no conflito.
“Um cessar-fogo é sempre bom, mas nossa principal preocupação ainda permanece: a retirada das tropas ucranianas de nosso território. Esse é o único caminho razoável”, disse ele.
Obama diz que Otan precisa ajudar a fortalecer Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu hoje à Otan que ajude a fortalecer o Exército da Ucrânia e disse que a aliança deve manter as portas abertas a novos membros para conter o que chamou de agressão da Rússia.
Obama, que vai participar de uma cúpula da Otan no País de Gales, na quinta-feira, acusou a Rússia de realizar um “ataque descarado” à Ucrânia.
“A Otan precisa assumir compromissos concretos para ajudar a Ucrânia a modernizar e fortalecer suas forças de segurança. Precisamos fazer mais para ajudar nossos parceiros na Otan, incluindo Geórgia e Moldávia, a fortalecer suas defesas também”, disse ele em discurso em uma sala de concerto lotada na capital da Estônia, uma das três ex-repúblicas soviéticas bálticas na fronteira com a Rússia que temem que a rebelião separatista no leste da Ucrânia possa resultar em problemas para elas, que também têm minorias étnicas russas
Pelo menos 87 soldados ucranianos morreram durante o cerco rebelde da cidade ucraniano de Ilovaisk, região de Donetsk, informou nesta quarta-feira o comando militar da Ucrânia.
Segundo a imprensa ucraniana, muitos foram mortos ao tentar romper o cerco após se negar a depor as armas, como exigiam os insurgentes pró-Rússia.
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