Protesto em Copacabana lembra atentado antissemita que matou 85 argentinos

A comunidade judaica do Rio de Janeiro e um grupo de jovens argentinos protestou neste sábado (21) na Praia de Copacabana para lembrar as 85 vítimas de um atentado à Associação Mutual Israelita ocorrido em Buenos Aires em julho de 1994, quando um carro-bomba explodiu na sede da associação. Um dos organizadores do protesto, o […]

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A comunidade judaica do Rio de Janeiro e um grupo de jovens argentinos protestou neste sábado (21) na Praia de Copacabana para lembrar as 85 vítimas de um atentado à Associação Mutual Israelita ocorrido em Buenos Aires em julho de 1994, quando um carro-bomba explodiu na sede da associação.

Um dos organizadores do protesto, o argentino Enrique Rosenburt, disse que a Justiça do país chegou a apontar iranianos e argentinos como possíveis culpados pelo atentado, mas, 20 anos depois, ninguém foi punido. O protesto foi realizado antes do confronto entre os dois países na Copa do Mundo para pedir justiça às vítimas da explosão.

“Nosso protesto não é contra nenhum governo, é só para que seja respondida essa questão. É pela memória e pela Justiça”, disse Rosenburt, que espera sensibilizar mais pessoas sobre a tragédia. “O mais importante é a conscientização pública das pessoas sobre o que aconteceu num país vizinho. Fazer as pessoas entenderem que, quando um vizinho tem uma dor, a gente tem que se solidarizar, como país latino-americano com uma comunidade judaica.”

Fotos das vítimas foram expostas na Praia de Copacabana e o nome de cada um foi dito. No fim, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio, o que gostariam que tivesse sido feito também no início do jogo no Mineirão, em Belo Horizonte. “O Congresso Judaico Latino-Americano chegou a mandar um pedido para a Fifa, mas não teve resposta”. Um ato simultâneo foi feito em São Paulo.

Morando há três anos no Brasil, Enrique acredita que a comunidade judaica do Brasil, apesar de ser menor que a da Argentina, se integrou melhor à sociedade. “Aqui, outros setores sofrem mais com a discriminação. Na Argentina, ainda há antissemitismo.”

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