Professores, diretores e funcionários abusavam de alunos e até filmavam os atos na Indonésia

Faxineiros estupravam crianças em banheiros do colégio, professores abusavam sexualmente de alunos enquanto inspetores e até diretores gravavam os atos em vídeo. Salas secretas, “reformas de fachada” e acobertamento das acusações fora feitas pela escola. Essas são as principais alegações feitas pelos pais de estudantes sobre o que vinha acontecendo pelo menos há 12 meses na Escola Internacional de Jacarta (JIS), uma das mais mais famosas da Ásia.

Por décadas, filhos da elite da Indonésia são matriculados na JIS, uma instituição bilíngue que abrange desde a pré-escola até o ensino médio. Em março deste ano, os pais de uma dessas crianças fizeram uma acusação chocante: de acordo com reportagem publicada pelo jornal inglês “The Independent”, o filho do casal havia tido pesadelos e gritava “Por favor, não me machuque, por favor, deixe-me ir!” enquanto dormia.

Mas obviamente os pais do jovem não ficaram quietos. Em vez disso, conversaram com outros pais, que também revelaram que seus filhos também tinham sido física e sexualmente abusados por funcionários da escola.

Em agosto, seis deles foram presos e condenados por abuso sexual. Um dos homens morreu na prisão, no que as autoridades alegaram que se tratava de um suicídio. Quatro dos acusados confessaram, mas depois voltaram atrás nas suas versões, dizendo que eles foram torturados para confessar.

Mas as denúncias de abuso sexual na JIS não pararam. A investigação do “The Independent” revelou que os professores participavam do abuso sexual, assim como o diretor do jardim de infância, que teria até filmado algumas das agressões sexuais.

Um dos acusados é professor canadense Neil Bantleman, que está detido em uma prisão indonésia desde 10 de julho. Bantleman negou veementemente as acusações de agressão sexual, e seu irmão, Guy Bantleman, vem tentando convencer o governo canadense para intervir em nome de Neil.