Professor vira alvo de polêmica após usar ‘Lepo Lepo’ em prova no Espírito Santo

A Escola Estadual de Ensino Médio Manoel Duarte da Cunha, localizada na cidade de Pedro Canário, região norte do Espírito Santo, virou alvo de uma grande polêmica após uma prova de filosofia aplicada pelo professor Maurício de Menezes Matos. Uma das questões da avaliação fazia referência à música ‘Lepo Lepo’, do cantor Márcio Victor da […]

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A Escola Estadual de Ensino Médio Manoel Duarte da Cunha, localizada na cidade de Pedro Canário, região norte do Espírito Santo, virou alvo de uma grande polêmica após uma prova de filosofia aplicada pelo professor Maurício de Menezes Matos. Uma das questões da avaliação fazia referência à música ‘Lepo Lepo’, do cantor Márcio Victor da banda Psirico, que recebeu status de “pensador contemporâneo” pelo docente.

A nona questão da prova que foi dada para os alunos do 1º ano, citava a primeira estrofe da música e afirmava que o trecho da canção se referia a situações vividas pela sociedade e os estudantes tinham que marcar a alternativa que não se referia ao tema proposto na música. O professor baiano afirmou que é possível encontrar a filosofia em qualquer letra de música e que esta não foi a primeira vez em que usa trecho de canções em suas avaliações.

“No caso da música da banda Psirico, ela passa uma mensagem socioeconômica de uma situação vivida por muitos brasileiros. Esta não foi a primeira vez que utilizo trecho de música. Acredito que aconteceu essa polêmica toda por causa de um professor de Brasília que citou um trecho da música de Valesca Popozuda”, afirmou.

Maurício já foi professor de cursos de pré-vestibular quando morava em Salvador e afirma que procura sempre inovar e ser dinâmico em suas aulas porque tem que concorrer com diversos estímulos visuais que são oferecidos aos alunos como os videogames e a internet.

“Quando somos criativos e passamos um conteúdo que seduz positivamente o aluno, gera um desconforto por parte de alguns professores que acabaram se acomodando na profissão. Eu tenho que fugir do tradicionalismo se quiser ser tão atrativo quanto os games e o mundo virtual. Mas o que importa para mim é que os alunos gostam, compreendem e aprendem o conteúdo”.

O secretário Klinger Marcos Barbosa Alves, da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), foi procurado para comentar o assunto , mas disse que não havia nenhuma consideração a fazer sobre o caso. Afirmou apenas, por meio da assessoria do órgão, que se o professor preparar uma prova seguindo o currículo, ele pode usar letra de música, charge, poesia.

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