Professor esclarece assoreamento no Lago do Amor
*O Lago do Amor está em processo de degradação, devido à poluição e acumulo de sedimento (assoreamento). O assoreamento dos rios e represas é devido principalmente à erosão e à poluição que ocorrem a montante do ponto de observação.O processo de erosão do solo é natural, porém pode ser intensificado pela ação do homem. O […]
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*O Lago do Amor está em processo de degradação, devido à poluição e acumulo de sedimento (assoreamento). O assoreamento dos rios e represas é devido principalmente à erosão e à poluição que ocorrem a montante do ponto de observação.O processo de erosão do solo é natural, porém pode ser intensificado pela ação do homem. O uso inadequado do solo provoca a desagregação do mesmo e os sedimentos formados são deslocados pela enxurrada adentrando aos cursos dágua e assoreando rios e lagos. Assim, o assoreamento é um grave problema ambiental, pois o depósito de sedimento no interior do curso dágua, lago ou reservatório diminui sua capacidade de armazenamento facilitando a ocorrência de inundações.
*Recentemente o Lago do Amor transbordou, pois seu poder de retenção de água está cada vez menor não suportando chuvas intensas. Estudos realizados pelo Grupo HEroS em 2011 apontavam o completo assoreamento do Lago do Amor em 37 anos. Estudos recentes, realizados em novembro de 2013, verificaram que o processo está tão acelerado que em 24 anos o lago pode estar repleto de sedimento, caso não haja nenhuma intervenção corretiva a montante do mesmo.
*As últimas notícias, de forma equivocada e irresponsável, acusam a UFMS por não tomar medidas adequadas para combater o assoreamento e poluição dos córregos e do lago, entretanto as causas do problema fogem dos limites da Universidade. Os córregos Bandeira e Cabaça, que abastecem o Lago do Amor, são tipicamente urbanos, o que colabora significativamente para a degradação do Lago. O Córrego Bandeira nasce nas proximidades da Avenida Três Barras, enquanto o Córrego Cabaça no bairro TV Morena (e não próximo à Reitoria conforme noticiado).
*O Lago do Amor precisa da atenção de toda a sociedade, pois, além da limpeza e manutenção do lago realizada periodicamente pela UFMS, é necessário que as margens dos córregos sejam preservadas, com a destinação adequada do lixo e recuperação da vegetação ao longo dos cursos dágua. A expansão dos empreendimentos imobiliários na região dos Córregos Bandeira e Cabaça agravam o problema sendo importante um plano de drenagem urbana apropriado para conter o impacto da impermeabilização do solo e o carregamento de poluentes para o interior desses córregos. Para combater o processo de assoreamento acelerado e poluição do Lago do Amor ações pelos poderes públicos, municipal e estadual, deverão ser realizadas, assim como a conscientização da comunidade no entorno dos córregos. Deve-se considerar e saber, e não fazer acusações sem conhecimento de causa, que sedimentos ou assoreamento não brotam espontaneamente do lago como sugere a noticia veiculada na segunda quinzena de dezembro.
*Artigo de Teodorico Alves Sobrinho – professor da UFMS.
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