Produtores vão contestar laudo para conseguir que União pague o dobro por terras indígenas
Os produtores rurais que tiveram as terras ocupadas na região entre Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul, negociaram nesta manhã (27) em reunião com representante do Ministério da Justiça um prazo de 30 dias para apresentar um novo laudo, que comprove tecnicamente que as terras a serem indenizadas valem quase […]
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Os produtores rurais que tiveram as terras ocupadas na região entre Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul, negociaram nesta manhã (27) em reunião com representante do Ministério da Justiça um prazo de 30 dias para apresentar um novo laudo, que comprove tecnicamente que as terras a serem indenizadas valem quase o dobro do que está sendo oferecido.
A União se mostrou disposta a pagar R$ 78 milhões por 31 propriedades que compõem a região que os indígenas da etnia terena que as ocupam há quase um ano chamam de Aldeia Buriti. Já os produtores acreditam que os 15 mil hectares valem cerca de R$ 150 milhões.
O prazo de 30 dias começa a contar a partir 6 de março, até 6 de abril. Junho é cotado como prazo final para a solução dos conflitos pela terra.
“Não gosto de falar de prazos, mas após a apresentação destes novos laudos poderemos buscar um consenso. O governo federal tem um limite legal de valores, que não podemos passar disso, mas estamos satisfeitos com a reunião”, afirmou o assessor especial do Ministério da Justiça, Marcelo Veiga.
O governador André Puccinelli (PMDB) explicou que o Estado está sendo um intermediador da conversa. “Os novos laudos vão extinguir pequenas falhas. Por exemplo, tem fazenda que tá no alto e disseram que alaga, então ela tem o valor menor, mas no final vai ver ela não alaga. Os produtores concordaram em cotizar e pagar por este laudo para não restar nenhuma dúvida”, afirmou o governador.
Puccinelli também colocou técnicos da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) à disposição dos proprietários para a conclusão dos laudos. Para a advogada de quatro donos de terras ocupadas, Luana Ruiz Silva, a conversa deixou os fazendeiros mais otimistas.
“Estamos acreditando há um ano que vamos ser indenizados. Os proprietários já abriram mão da posse e estão apenas com uma ação declaratória que garante o domínio, mas antes a União não admitia que existia a possibilidade de efetuar a compra, hoje já admitem que o dinheiro existe”, alegou Luana.
Dono de uma fazenda de 572 hectares, Júlio Garabini disse que só conseguiu retirar 370 cabeças de gado de corte, quando sua propriedade foi ocupada por 150 índios terena em 4 de julho de 2011. “Vamos ver se agora vai”, disse o proprietário que agora sobrevive de serviços que presta como engenheiro.
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