Primeira chamada do Sisu traz alegrias, dúvidas e decepção para campo-grandenses
O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta segunda-feira (13) a primeira chamada do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) 2014 no site do sistema. São candidatos para 115 instituições de ensino superior públicas e tem 171.401 vagas. A seleção é feita por meio das notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013. Segundo balanço divulgado […]
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O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta segunda-feira (13) a primeira chamada do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) 2014 no site do sistema. São candidatos para 115 instituições de ensino superior públicas e tem 171.401 vagas.
A seleção é feita por meio das notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013. Segundo balanço divulgado pelo MEC, foram 4.755.311 de inscrições – cada candidato pode fazer até duas opções de curso.
Em Mato Grosso do Sul, três universidades aderiram ao Enem: Universidade Federal (UFMS), Universidade Estadual (UEMS) e a Universidade Federal da Grande Dourados. Muitos campo-grandenses almejavam vaga na Federal, de preferência no campus da Capital. É o caso de Eduardo.
Eduardo Lino, 17, fez cursinho junto com o terceiro colegial e funcionou: aprovado em Engenharia Ambiental, na UFMS. “Esperei sair o resultado, pois não gosto de comemorar nada antes da hora e hoje acordei e vi, estou muito feliz”, diz.
Agora universitário, Eduardo já planeja sua nova vida. “Irei de bicicleta para a faculdade. Moro há oito quadras de lá, é perto”, conta. O curso e a faculdade eram sua primeira opção e meta.
Dando adeus a Campo Grande
Álvaro Eiji Kumm Kuriyama, 20, estava há dois anos no cursinho tentando Medicina. Enfim conseguiu, em Maceió, na Universidade Federal de Alagoas. Dia 17 ele vai fazer a matrícula. Álvaro só conhece um colega de cursinho em Alagoas.
A distância e as dificuldades que enfrentará ao morar sozinho não são nada perto da alegria de ter passado. “Estou muito contente, minhas expectativas são as melhores. No começo vai ser difícil me adaptar a tantas mudanças, mas será por pouco tempo. Vou cursar o que sempre sonhei e daqui a seis anos serei médico”, diz.
UFAL não era a primeira opção do estudante, mas fazer cursinho novamente está fora de cogitação. “Procurei a respeito de lá e gostei muito da estrutura e tradição do curso”, conta. Perguntado se pegará o sotaque nordestino, Álvaro questiona: “será? Sou fiel a nosso R forte, mas vai saber, seis anos é bastante tempo”, pensou.
O estudante ainda está na lista de espera da Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá. “É mais perto, mas vou aguardar, por ora passei na UFAL e vou para lá fazer matrícula e conhecer, se eu passar na UFMT ai depois eu decido”, define.
Em dúvida
Há também quem passou e está em dúvida se deixa Campo Grande. Isabela Vitória Alcova, 19, foi aprovada em Medicina na Universidade Federal do Ceará, campus de Barbalha. Porém, ela também passou na Uniderp, em Campo Grande.
Independente da escolha, a felicidade de ter passado é imensa. “É uma sensação indescritível. Meu sonho sempre foi universidade pública, em especial a UFMS. Infelizmente minha nota de redação não foi muito boa e fiquei de fora. Só que realizei meu sonho de passar em pública”, conta.
Isabela, que passou em outras duas particulares além da Uniderp, tem conhecidos em Barbalha, mas o fato de ser longe tem pesado na escolha. “Ainda vou conversar com os meus pais, mas já é um alívio ter opções”, analisa.
Decepções
Nem todos estão contente com a primeira chamada do Sisu desta segunda-feira. A professora Carla Stuermer, 24, não entrou no curso que queria por míseros treze pontos em matemática.
“Não atingi a nota mínima em exatas, que era 350, eu fiz 337”, conta. Carla queria Jornalismo na UFMS, e obteve, nas linguagens e ciências humanas, notas bem superiores a média mínima. “Mas não adiantou, fui eliminada sem ter chances de concorrer”, reclama.
Carla tem como segunda opção cursar Turismo na UEMS, onde foi aprovada. Mas está em dúvida. “Queria mesmo Jornalismo. Vou tentar agora como portadora de diploma”, revela, já que é formada em Letras pela UFMS.
A jornalista Fernanda Garcia, 31, também não conseguiu o que queria. Ela foi aprovada em Historia e em Direito, porém não há vagas para o Noturno (curso que ela queria) e só para o Integral. ”Por conta do trabalho fica inviável fazer o integral, então não vou nem me matricular”, explica.
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