Premiado, curta filmado em Campo Grande vai para festival de cinema em Hollywood

“Uma vítima de homicídio foi encontrada esta manhã, desta vez, no bairro Cidade Jardim. O corpo foi encontrado com os mesmos traços de outras duas vítimas. Ao que tudo indica, trata-se mesmo de um caso de serial killer. Devido ao fato de flores terem sido encontradas junto aos corpos e espinhos de plantas colocados nos […]

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“Uma vítima de homicídio foi encontrada esta manhã, desta vez, no bairro Cidade Jardim. O corpo foi encontrado com os mesmos traços de outras duas vítimas. Ao que tudo indica, trata-se mesmo de um caso de serial killer. Devido ao fato de flores terem sido encontradas junto aos corpos e espinhos de plantas colocados nos olhos das vítimas, alguns já o chamam de “O florista”. O que mais espanta é que, segundo alguns especialistas, este psicopata encara as vítimas como parte de seu arranjo de flores”, é assim que o curta “O Florista” inicia o enredo cheio de suspense e que tem conquistado fãs mundo afora.

O curta produzido em Campo Grande já foi exibido e premiado em alguns festivais, como o de Cannes, um dos mais prestigiados do mundo, na modalidade Short Film Corner. Também já passou pela Austrália, no Brazil Film Festival; pela Argentina, no V Festival de Cine Del Conurbano “FeCico”; pelo México, no Festival Internacional de Cine de Horror de la Ciudad de México 2014. E agora, está a caminho de Hollywood.

O filme será uma das produções exibidas no 7° Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF), que acontece na próxima semana nos EUA. Roteirista e ator principal do filme, Filipi Silveira, conta se sentir muito honrado em estar entre os selecionados para o Festival que tem como objetivo apoiar e promover a exibição de filmes brasileiros em Los Angeles. “Ver nosso trabalho ser um dos representantes de nossa terra é sempre algo sem palavras”, diz Felipe, agradecendo apoio da Fundac.

Para Filipe o sucesso do filme está na linguagem universal. Ele diz que apesar de sempre usar referências que remetem a Mato Grosso do Sul em seus projetos, busca uma linguagem que fale com todas as pessoas independentemente de onde são e isso tem dado certo. “Nosso Estado tem coisas que nenhum outro tem. Mas a linguagem tem de ser para todos”, pontua.

O filme

O curta-metragem conta a história de um serial killer conhecido como “O Florista” que encara o mundo como um belo jardim que tem belas flores e pragas que precisam ser eliminadas. Seguindo essa metáfora o espectador acompanha uma viagem onde o destino é a mente e as motivações deste intrigante serial killer cercado de mistérios que alimenta dentro de si e seus sentimentos a favor da moralidade em uma trama repleta de personagens que têm uma vida dupla.

Com um fotografia elegante, bela trilha sonora, direção de arte primorosa, o filme se apropria sutilmente de elementos do suspense, terror, noir e até anime utilizando de forma e metafórica todos esses elementos.

“Desde o começo tive a preocupação de não fazer um filme que possuísse apenas a violência, ela está presente com certeza mas queria fazer um filme com conceito e bonito de se ver”, afirma Filipi.

Novos projetos

Filipe já tem novos projetos engatilhados e revela que foi selecionado no edital para produções de curtas-metragens da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Ele deve começar a gravar em breve o curta “Vampiros”, cujo o proponente é Roberto Leite, diretor da Zion Filmes. O curta fala sobre solidão. “Vai ser um filme de pessoas que trabalham na noite. Que trocam a noite pelo dia. E a solidão existente nesses personagens”, diz.

Outro projeto, este um longa-metragem, “Não é tão simples assim”, também está com roteiro finalizado. Filipe diz que está na busca de parceiros e patrocínios para rodar o filme que contará uma história de amor em meio a uma família de criminosos que atuam com tráfico e prostituição na fronteira.

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