Prefeitura repassa a Santa Casa parte de valor acordado para pagamentos de dívidas

A Prefeitura repassou para a Santa Casa R$ 3,6 milhões, dos R$ 9 milhões que deve repassar ao hospital até fim deste ano. O dinheiro é referente à parte do pagamento de convênio firmado no fim de 2013 entre ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande/Santa Casa), prefeitura e governo do estado. No acordo ficou acertado […]

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A Prefeitura repassou para a Santa Casa R$ 3,6 milhões, dos R$ 9 milhões que deve repassar ao hospital até fim deste ano. O dinheiro é referente à parte do pagamento de convênio firmado no fim de 2013 entre ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande/Santa Casa), prefeitura e governo do estado.

No acordo ficou acertado que o poder executivo municipal e estadual repassariam mensalmente R$ 750 mil à entidade de saúde para pagamento do empréstimo de R$ 80 milhões feito para quitar dívidas com fornecedores. Contudo desde o inicio do ano, a prefeitura não havia feito repasse algum.

“O recurso que foi liberado é para o pagamento das parcelas do empréstimo que foi feito ano passado. O total que deveria ser transferido é de R$ 9 milhões, mas até o momento foi liberado apenas 3,6 milhões”, conta presidente da ABCG, Wilson Teslenco.

O valor, segundo o presidente, permitiu aliviar salários que estavam atrasados, pagar parte dos fornecedores e tributos. “Temos ainda R$ 5,4 milhões para receber e contamos com esse dinheiro para o pagamento do 13º salário dos funcionários e pagamentos de fornecedores”, ressalta Teslenco.

Outro problema, de acordo com a assessoria de comunicação da Santa Casa é que o hospital não recebe receita suficiente para cobrir os gastos mensais que chegam a R$ 21 milhões. Atualmente, a quantia repassada pelo Governo Federal é de R$ 15,4 milhões, deixando um déficit de R$ 5,6 milhões.

Ao todo, a Santa Casa possuiu cerca de 3.100 funcionários.

Relembrando

Até inicio deste mês, apenas os colaboradores que recebem salários de até R$ 5 mil haviam recebido seus pagamentos, os demais, que ganham mais que isso tinham recebido apenas 70% do valor.

Na época, Teslenco explicou que déficit antes era de R$ 3,5 milhões por mês, e o valor foi aumentando. “Mantemos o diálogo com o governo e com a prefeitura para falar da situação. Chegamos a conversar como ministro da Saúde, mas até agora não tivemos solução, e por isso decidimos encontrar uma plano prático para sair do problema”, explicou o presidente da ABCG, Wilson Teslenco.

O prazo para o município se posicionar quanto ao plano apresentado pela entidade expira no dia 5 de novembro, mas hoje foi liberado o valor, referente ao empréstimo, que conseguiu por os salários em dia.

Ainda de acordo com o presidente, a entidade recebe R$ 15.873.497 do SUS (Sistema Único de Saúde) por mês, mas o valor das despesas é de R$ 20.705.951 mensal. O total de gastos só do pronto-socorro é de R$ 3.244.948 ao mês com uma receita de R$ 877.432, sendo o déficit de R$ 2.367.515.

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