Prefeito defende valor de aluguel do Centro Pediátrico e afirma pagar por equipamentos

Apesar de o hospital afirmar que deixou equipamentos como o raio-x e tomografias sem custo de aluguel para a prefeitura de Campo Grande, o prefeito Gilmar Olarte garantiu nesta sexta-feira (17) que paga pelo aluguel dos equipamentos, o que oneraria o custo mensal do Centro Municipal Pediátrico. “Existem laudos de toda a natureza e tudo […]

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Apesar de o hospital afirmar que deixou equipamentos como o raio-x e tomografias sem custo de aluguel para a prefeitura de Campo Grande, o prefeito Gilmar Olarte garantiu nesta sexta-feira (17) que paga pelo aluguel dos equipamentos, o que oneraria o custo mensal do Centro Municipal Pediátrico.

“Existem laudos de toda a natureza e tudo já foi entregue ao Ministério Público Estadual. Alocamos o prédio junto com os equipamentos, está tudo arrendado”.

Segundo a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), há diferenças nos valores dos laudos e nos valores pagos. A avaliação foi feita pelo setor imobiliário da prefeitura. Um setor especializado que avalia IPTU e locação de imóvel. Fez a avaliação do aluguel em R$ 130 mil, os donos não concordaram e contrataram uma perícia externa, que cobrou R$ 15 mil para chegar a um aluguel de R$ 194 mil”, criticou Luiza Ribeiro.

Esta diferença fica ainda maior se o valor do aluguel for baseado no quanto a prefeitura cobrou de IPTU do proprietário do prédio. Segundo informação disponível no sistema da prefeitura e repassado pela vereadora Luiza Ribeiro, o proprietário pagou R$ 4.408,01 pelo IPTU do imóvel, avaliado em R$ 7,175.496,90.

Neste valor, comparando o preço do aluguel cobrado pelo imóvel, avaliado pelo proprietário em R$ 12.562.587,62, a diferença chega a R$ 84 mil por mês. A reportagem chegou à discrepância baseando-se nos R$ 194 mil cobrados pelo aluguel. Se com imóvel avaliado em R$ 12,5 milhões o aluguel é de R$ 194 mil, com avaliação de R$ 7,1 milhões o aluguel teria que custar R$ 110 mil.

Quando a prefeitura começou a averiguar o valor de um possível aluguel, em julho, um servidor da prefeitura avaliou o imóvel em R$ 9.251.480,60, que daria um aluguel de R$ 130 mil. A Câmara de Valores Imobiliários, por sua vez, avaliou o imóvel em R$ 9,2 milhões, com aluguel de R$ 140 mil.

Ocorre que o proprietário do imóvel não aceitou o valor e contratou outra empresa, que avaliou o imóvel em R$ 12,5 milhões, com aluguel de R$ 176 mil, segundo a vereadora Luiza Ribeiro. Porém, a prefeitura fechou um contrato com valor ainda maior, chegando a um aluguel de R$ 194.150,00.

Outros problemas

A vereadora também destaca o fato do proprietário do imóvel ter deixado alguns aparelhos para a prefeitura usar em comodato, sem ônus. “Pode receber doação, claro que pode, mas estranho fazer uma delicadeza desta, ainda mais em contratação que dispensa licitação. Só pode imaginar que foi acerto para fazer locação ou que são lixo e proprietário quer descartar”, avaliou.

Ela disse que os 205 itens não justificam o valor a mais pago pelo aluguel, visto que no contrato é claro que os aparelhos foram deixados para a prefeitura em comodato. Já na avaliação feita pela empresa contratada pelo proprietário do hospital consta o valor de R$ 1.116.089,30.

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