Eles ainda pedem que todos os empresários da cidade abracem a causa e que, por duas horas, fechem o seu comércio. “Essa é uma forma que encontramos para sermos vistos, ouvidos e atendidos em nossas necessidades. Gostaríamos que os empresários nos dessem esse apoio e fechem o seu comércio por esse tempo”, disse o gestor Nuno Saldanha Gaeta, que integra o movimento.
A população de Ponta Porã ressalta que está sendo refém dos assaltantes e da violência na cidade. “O governador André Puccinelli prometeu enviar 100 policiais para Ponta Porã. Estamos esperando. Queremos apenas dialogar e ver as nossas necessidades emergenciais atendidas”, disse o empresário Nuno.
Protesto popular
Amigos de André Pereira, de 25 anos, vítima de disparos de arma de fogo na noite de sexta-feira (1º), estão organizando um protesto contra a violência na cidade, que será realizado no domingo, às 18 horas.
A proposta é que a população vista roupas pretas e vá para a Avenida Brasil, na divisa com o Paraguai. De acordo com a mensagem divulgada pelos amigos de André via WhatsApp, a intenção é chamar a atenção das lideranças políticas. “Estamos à mercê de bandidos que estão tomando conta de nossa cidade, entrando em nossas casas e o pior de tudo, tirando vidas”, diz o comunicado.
Força nacional
O governo federal decidiu ampliar a permanência da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) em Mato Grosso do Sul, em apoio à Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública. A decisão está presente em portaria do Ministério da Justiça publicada no Diário Oficial da União. O prazo foi prorrogado por mais 180 dias, ou seja, a Força Nacional permanecerá até o final do ano no Estado.
A medida, assinada pelo ministro José Eduardo Cardozo, cita que o FNSP continuará em Mato Grosso do Sul “considerando manifestação expressa do governador”. A Força Nacional concederá apoio especialmente na região de fronteira com o Paraguai e a Bolívia, a fim de garantir a manutenção da ordem pública e combater o tráfico e o contrabando.
*Com informações do site O Progresso