Peritos estudam vídeos de decapitação e encontram pistas
A primeira vista, os vídeos da decapitação dos dois jornalistas americanos, James Foley e Steven Sotloff, parecem idênticos. Porém, alguns detalhes podem revelar mais informações importantes para que os crimes sejam desvendados e os extremistas do Estado Islâmico possam ser encontrados. As informações são do Daily Mail. Alguns especialistas estão analisando as imagens para enten…
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A primeira vista, os vídeos da decapitação dos dois jornalistas americanos, James Foley e Steven Sotloff, parecem idênticos. Porém, alguns detalhes podem revelar mais informações importantes para que os crimes sejam desvendados e os extremistas do Estado Islâmico possam ser encontrados. As informações são do Daily Mail.
Alguns especialistas estão analisando as imagens para entender como os crimes foram realizados, por quem, quando e onde. Alguns boatos dão conta de que os americanos teriam sido mortos há algum tempo, o que já foi descartado graças à referência que os jornalistas e os rebeldes fazem aos bombardeios americanos nas cidades de Mossul Dam e Amerli, na Síria, que aconteceram nos últimos dias. Na mensagem do jihadista no vídeo de Sotloff, ele condena tais atitudes dos Estados Unidos.
Outra descoberta praticamente confirmada pelos cientistas é que a faca utilizada em James Foley é a mesma que apareceu no vídeo de decapitação do segundo jornalista morto, cujo vídeo foi divulgado nesta terça-feira.
A barba de Sotloff no segundo vídeo está maior, indicando que sua morte ocorreu dias depois da de James Foley.
Outro detalhe importante, observado no primeiro vídeo, foi a paisagem verde que aparece ao fundo, atrás de morros de terra, durante a mensagem feita por Foley e seu assassino. Essa imagem revelou um cenário que pode ser geolocalizado como sendo na cidade de Raqqa, reduto do Estado Islâmico. Porém, parece que os membros do Estado Islâmico perceberam “bobeada” no primeiro vídeo e, assim, não deixaram pistas suficientes em relação à vegetação ou geografia do lugar onde aconteceu a decapitação da segunda vítima. Apesar disso, especialistas acreditam que pode ser na mesma cidade – pelo terreno de colinas, típico do lugar.
O sotaque britânico vindo do extremista no primeiro vídeo também se repetiu no segundo. Alguns forenses acreditam que se trata da mesma pessoa, até porque é canhota (diminuindo para 10% da população que não é destra). Portanto, há grandes chances de ser o “Jihadista John”, como está sendo chamado.
Apesar da suspeita, especialistas ainda estudam se se trata da mesma pessoa, através de análises das mãos e olhos, principalmente, além de gestos e comportamento.
A voz do membro do grupo islâmico será testada em um programa para haver a confirmação se é ou não o mesmo homem. Porém, esta é uma pista que gera dúvidas, uma vez que pode ter sido editada em programas de computador.
Os vídeos revelados pelos extremistas são editados (aparecendo com contrastes de imagens, por isso a cor vibrante nos macacões cor-de-laranja dos jornalistas). Além disso, os forenses acreditam que o áudio foi trabalhado para tirar ruídos de vento e deixar as vozes dos jornalistas mais claras. Foram utilizadas pelo menos duas câmeras, além de microfones, demonstrando certo “profissionalismo”, ao contrário de outros vídeos de rebeldes que foram revelados nos últimos anos. Isto, inclusive, poderia indicar que houve envolvimento de europeus e americanos (que estão se mudando para o Oriente Médio para lutar ao lado dos jihadistas).
Algumas dicas levantadas até agora:
Especialista diz que vídeos de Sotloff e Foley apresentam a mesma arma de crime
A barba de Sotloff indica que seu assassinato ocorreu vários dias após a morte de Foley
Rebelde menciona recentes bombardeios dos EUA em Mosul e Amerli (noção de tempo)
Segundo vídeo traz maior dificuldade para identificar a localização, mas terrenos são similares aos montes ao redor Raqqa
O sotaque de assassino é o mesmo do ‘jihad John’, do vídeo de Foley, apesar das tentativas notáveis feitos para disfarçá-lo em edição de imagens
Os dois jornalistas americanos vestiam macacão laranja e foram forçados a se ajoelhar
As mãos foram algemadas atrás das costas e eles foram decapitados em encosta
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