Pais atravessam a cidade para conseguir atendimento pediátrico em Campo Grande

Com apenas dois postos atendendo, o jeito é buscar atendimento longe de casa; trajeto pode durar até duas horas.

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Com apenas dois postos atendendo, o jeito é buscar atendimento longe de casa; trajeto pode durar até duas horas.

Três ônibus e um trajeto de duas horas para chegar até a unidade de saúde com atendimento pediátrico. Esse foi o caminho enfrentado por mães durante a manhã desta quinta-feira (2) na Capital. Segundo informações do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) durante o período da manhã apenas os postos do Coronel Antonino e da Vila Almeida contavam com especialistas em pediatria.

Moradora do Oliveira III, a dona de casa Silvia Pereira, de 37 anos, levou o filho de 7 anos para ser consultado, pois a criança apresentou vômito e febre constante. “Eu primeiro fui ao posto de saúde do Buriti, lá fui informada de que não tinha pediatra e que a unidade mais próxima era aqui”. Segundo Silvia, foram três ônibus até chegar ao local. “Pelo menos o atendimento foi rápido, e agora estou esperando para fazer os exames”, conta ela, que estava no local havia meia hora  .

Dainne Braga, de 24 anos, também atravessou a cidade usando transporte coletivo. Ela primeiro foi à UPA Universitária, onde não encontrou atendimento para o pequeno Cauã, de 1 ano e 4 meses. “Foram pouco mais de duas horas para ser atendida, a consulta foi rapidinha, mas agora tenho de voltar rápido, pois tenho que trabalhar”, conta ela, que também precisou usar três linhas para chegar à unidade de saúde.

Na UPA do Coronel Antonino, muitas crianças esperavam atendimento, que demorou duas horas para quem chegou cedo. “A triagem é rápida, mas daí você tem de esperar a consulta, e está bem cheio, só tem pediatra aqui”, conta o pai Cristiano de Oliveira.

Com a mulher e os dois filhos com idades de 3 e de 1 ano, eles chegaram ao posto às 7h30min e foram atendidos às 10h. Sobre a demora de duas horas e meia para ser atendida, a sensação é de resignação. “Foi rápido, tem dias que demora mais, e tem de ser atendido, não tem jeito”, explicou conformado.

As assessorias da Prefeitura de Campo Grande e da Sesau foram procuradas para mais informações sobre a espera no atendimento e falta de pediatras nos postos, mas a reportagem não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

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