Pai faz apelo para saber onde está filha desaparecida e dada como abandonada

O vigilante João Antonio dos Santos Cardoso, 24, está desesperado. Ele não sabe onde está sua filha Vanessa Sthefany Ortiz Cardoso, 2. A criança foi internada na Santa Casa  dia 2, por ter engolido um parafuso. Dia 4, João, que tinha sofrido infarto recentemente, teve queda de pressão e passou mal. A Santa Casa sugeriu […]

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O vigilante João Antonio dos Santos Cardoso, 24, está desesperado. Ele não sabe onde está sua filha Vanessa Sthefany Ortiz Cardoso, 2. A criança foi internada na Santa Casa  dia 2, por ter engolido um parafuso. Dia 4, João, que tinha sofrido infarto recentemente, teve queda de pressão e passou mal.

A Santa Casa sugeriu ao vigilante levá-lo embora para repouso e que outra pessoa ficasse de acompanhante da criança. João aceitou e indicou sua mulher, Walquíria Ortiz de Souza, 29. Dois dias depois João foi ver a filha e foi impedido. “Alegaram que eu tinha abandonado minha filha e que eu não podia entrar. Nunca abandonei ninguém”, declarou.

Em nota via assessoria, a Santa Casa declarou que encontrou Walquíria e que ela disse não ter condições de cuidar da criança por ter epilepsia e tomar remédio controlado. No dia 12 Vanessa recebeu alta e a Santa Casa encaminhou a criança para o Conselho Tutelar por abandono dos pais.

“Minha mulher tem sim estes problemas, mas ela não disse que não tinha condições. Ela cuidaria até eu ficar melhor. Levaram minha filha, eu quero saber onde ela está”, exige João. Segundo o vigilante, educadora chamada Aparecida saiu com a criança e conselheira tutelar chamada Silvia ficou responsável por Vanessa.

Impedido desde então de entrar na Santa Casa, João não consegue acesso a documentos que provam que a criança foi internada. “Fui à Defensoria Pública e o defensor me disse que preciso de um documento, mas a Santa Casa não me dá acesso. Ligo no Conselho Tutelar para falar com a Silvia ela nunca pode me atender, está sempre em reunião. Não sei o que fazer”, diz, desolado.

Não houve abandono

O que deixa João mais indignado é o fato de a Santa Casa tratar o caso como abandono. “Se fosse abandono não teriam me trazido até em casa quando eu estava doente. O carro da Santa Casa me deixou aqui, tenho testemunhas que provam isso”, afirma.

Uma delas é dona Rosa Helena da Silva, 62, que também mora no Aquarius II, no Santa Emília, e ajuda a família de João. Dona Rosa reforça que não houve abandono. “Eu estava aqui quando João chegou com a Santa Casa”.

Ela revela que ia avisar Walquíria que era para ela ir para a Santa Casa acompanhar a filha até João ficar melhor, mas foi impedida pela mãe de Walquíria. “Ela não quis passar o telefone e Walquíria não foi avisada”, conta.

Em busca de solução

“Não tenho ninguém. Meus outros dois filhos já estão perguntando da Vanessa. Não dormi ontem. Estou pagando humilhação e o risco de perder minha filha que não sei nem onde ela está, se está bem, comendo”, diz, preocupado.

João ligou em abrigos da cidade perguntando da filha, sem sucesso. Já foi ao Forúm, tentou falar com a juíza, mas diz ser barrado por questões de burocracia. Ele pretende fazer boletim de ocorrência e processar a Santa Casa. “Mesmo se fosse abandono, por que o Conselho não procurou os pais? Por que não chegou intimação?”, questiona.

“Nunca faltou amor para meus filhos, já sofremos dificuldades, passamos por momentos complicados. Posso até perder a guardar dos meus filhos, mas preciso saber onde ela está”, disse João, em apelo por solução.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com o Conselho Tutelar. Quem souber do paradeiro da criança ou estiver interessado em ajudar João, seu telefone é 3386-5490.

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