Pai de Kevin ataca Corinthians e CBF: “mercantilizaram meu filho”

No programa Encontro de Craques do dia 12 de março de 2013, no Bandsports, José Maria Marin pediu a palavra. Antes de ser aplaudido, afirmou: “A Seleção Brasileira irá jogar na Bolívia graciosamente com renda total para a família do menor (Kevin Espada). (…) É nossa solidariedade esportiva. Não da CBF, mas do povo brasileiro à família do menor”. Da renda total prometida por Marin, e que cabia à Federação Boliviana, só 3% chegou para Limbert Beltrán, sua mulher Carola e os três filhos.

A forma como a CBF se comportou no episódio é um dos motivos de muita lamentação para o pai de Kevin Espada, morto há um ano por rojão que partiu da torcida do Corinthians em jogo contra o San José-BOL, em Oruro. Marin prometeu publicamente aquilo que fugia de suas possibilidades, já que a partida Brasil x Bolívia havia sido acertada em 2011 e a renda pertencia à Federação Boliviana. A arrecadação foi de R$ 1,06 milhão.

Nesta entrevista exclusiva, Limbert Beltrán também faz críticas à Conmebol, à mesma Federação Boliviana e em especial ao Corinthians. Clube de maior receita em toda a América Latina, inicialmente ofertou US$ 200 mil dólares à família Espada. A resposta foi de que esperavam mais, só que meses depois Limbert resolveu dizer sim. Quando voltou a procurar a direção corintiana, ouviu que só receberia 25% do valor, mas teve que desistir do processo.

A reportegem procurou a CBF para saber se havia uma resposta aos ataques de Limbert Beltrán, mas a entidade não apresentou uma resposta até a publicação da reportagem. Já o Corinthians afirmou que novas conjunturas econômicas fizeram com que a doação descesse para 25% dos US$ 200 mil que tinham sido oferecidos.