Padre de Roma propõe oração universal a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Na manhã desta quinta-feira (15), durante o 1º Congresso Internacional de Perpétuo Socorro, em Campo Grande, a segunda palestra foi proferida pelo secretário-geral da Congregação Redentorista em Roma, padre José Ullysses da Silva, que falou sobre “Devoção Popular e evangelização”. Em sua palestra, padre José propôs aos congressistas uma devoção internacional, ou seja, um sinal […]

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Na manhã desta quinta-feira (15), durante o 1º Congresso Internacional de Perpétuo Socorro, em Campo Grande, a segunda palestra foi proferida pelo secretário-geral da Congregação Redentorista em Roma, padre José Ullysses da Silva, que falou sobre “Devoção Popular e evangelização”. Em sua palestra, padre José propôs aos congressistas uma devoção internacional, ou seja, um sinal de identificação em todo o mundo. “Uma oração comum à mãe do Perpétuo Socorro, uma aclamação cantada como um pequeno refrão ou mantra. E o mundo inteiro vai entoar junto a mesma oração”, sugeriu.

De acordo com suas informações, o ícone pertence à iconografia oriental bizantina e apresenta dois contextos diferentes, o primeiro é o contexto original da criação e significado dos ícones e o segundo, o contexto da piedade popular, da devoção do ícone. “Um ícone pela sua própria essência não é somente uma manifestação artística, mas também uma manifestação religiosa típica do cristianismo ortodoxo oriental”.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Theotokos, que significa a mãe de Deus. Como parte integrante da ação litúrgica, o ícone torna-se quase uma epifania visível do mistério celebrado. “Eis que é impensável imaginar nas Igrejas de tradição bizantina qualquer estrutura litúrgica sem a presença do ícone”. Conforme sua explanação, iconóstase indica a passagem entre o terreno e o divino. Akathistos é a obra prima da poesia e da teologia marianas do quinto século.

Segundo padre José, existe uma dicotomia histórica entre a liturgia e a piedade. Para ele, o Espírito Santo é o fundador da piedade popular. O documento de Aparecida (258-265) fala que piedade popular “lugar de encontro com Jesus Cristo, maneira legítima de viver a fé, um modo de se sentir parte da Igreja e uma forma de ser missionários”.

Conforme as informações repassadas durante a palestra, piedade popular é o polo antropológico para a ação do espírito de Jesus na transformação do ser humano e a liturgia é o polo cristológico da ação do Espírito Santo através dos ritos sacramentais. “A piedade popular é a força evangelizadora do nosso povo e devemos integrar a piedade popular na evangelização”.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um ícone da piedade popular. O ícone e a copiosa redenção exprimem a atitude materna de Maria em relação a seu filho e em relação a todos. “A virgem da paixão visualiza exatamente a copiosa redenção, encarnar-se redimindo e um redimir encarnado”, disse, completando ainda que a ressurreição se expressa por meio das cores no ícone, como o dourado que remete a luz da glória.

A novena

Padre José afirmou em sua palestra que a novena é essencialmente um instrumento de piedade popular, que pertence ao povo e deve ser celebrada pelo povo. Ainda durante sua fala, padre José fez umas sugestões para as novenas como, por exemplo, os textos serem recitados pela comunidade e oracional, o evangelho deve seguir um roteiro catequético, benção da água e do Santíssimo. Em sua conclusão, padre José finalizou que deve haver uma integração entre a piedade popular e a liturgia.

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