Negociadores palestinos dizem que suas reivindicações são “irrenunciáveis”
A delegação de facções palestinas no Cairo considera que suas reivindicações são “claras e irrenunciáveis”, embora não teria problema em dialogar diretamente com Israel, afirmou neste sábado (9) o dirigente do Fatah Azzam al Ahmad, que lidera o grupo. Em entrevista à imprensa, Ahmed expressou sua esperança de que as próximas horas serão “decisivas”, embora […]
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A delegação de facções palestinas no Cairo considera que suas reivindicações são “claras e irrenunciáveis”, embora não teria problema em dialogar diretamente com Israel, afirmou neste sábado (9) o dirigente do Fatah Azzam al Ahmad, que lidera o grupo.
Em entrevista à imprensa, Ahmed expressou sua esperança de que as próximas horas serão “decisivas”, embora insistiu que as reivindicações palestinas são “claras e irrenunciáveis”.
Ahmed se encontra no Cairo há uma semana e lamentou que em todo esse tempo ainda não tenha escutado a opinião de Israel sobre nenhuma das reivindicações palestinas, recebendo toda a informação através dos meios de comunicação.
Os palestinos redigiram um documento, posteriormente entregue pelos mediadores egípcios a Tel Aviv, no qual exigiam a Israel um cessar-fogo, a libertação de presos, o desbloqueio de Gaza, e a abertura de um porto e um aeroporto na Faixa, entre outras questões.
Estes pedidos foram rechaçadas por Tel Aviv, o que provocou que o movimento palestino Hamas retomasse os ataques contra Israel, e este retomasse a ofensiva sobre Gaza.
Com relação à possibilidade de falar diretamente com Israel, Ahmed assegurou que a delegação “não tem nenhum impedimento em fazer” se Tel Aviv quiser.
Ahmed destacou que ele fala em nome de toda a delegação, independentemente da facção palestina à qual pertença cada um de seus membros porque o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, se encarregou de unificar o grupo.
“Como palestinos não queremos uma escalada da violência, mas é nosso direito nos defender”, advertiu, para reiterar que seguirão no Cairo trabalhando para pôr fim ao derramamento de sangue das duas partes do conflito, porque “é a prioridade”.
Ahmed criticou a comunidade internacional, que qualificou de “injusta” por não se preocupar com os ataques contra civis palestinos e só condenar as agressões aos israelenses.
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