A NBA, associação nacional de basquete dos Estados Unidos, informou na sexta-feira que chegou a um acordo com a esposa do proprietário do Los Angeles Clippers, Donald Sterling, com quem está rompida, para vender o time, inaugurando um novo capítulo para a franquia após 33 sob o comando de Sterling.

Sterling, de 80 anos, foi banido pelo resto da vida da NBA por comentários racistas em uma conversa particular que foram gravados em segredo e vazados à mídia enquanto os Clippers disputavam os playoffs da NBA. A notícia constrangeu a liga, patrocinadores cortaram laços com o time e os jogadores cogitaram um boicote.

Ainda na sexta-feira, Sterling processou a NBA e o comissário da liga, Adam Silver, na corte distrital de Los Angeles em pelo menos 1 bilhão de dólares.

Como resultado do acordo, a liga cancelou a audiência de terça-feira na qual Sterling teria sua propriedade sobre o time anulada, o que evita uma votação de outros donos de times da NBA para estudar a expulsão do colega.

Em sua ação, Sterling diz não estar ciente de que estava sendo gravado e que foi vítima de uma cena de ciúme com uma “amante”. Ele alega que Silver e a NBA o forçaram a vender o Clippers usando uma gravação ilegal e inaceitável como prova nos termos das leis da Califórnia.

O vice-presidente executivo e conselheiro geral da liga, Rick Buchanan, classificou o processo de Sterling como infundado e disse que não lhe sobrou nenhum recurso, já que sua esposa vendeu a equipe.

“Não houve ‘venda forçada’ de seu time para a NBA –o que significa que suas alegações de antitruste e de uso indevido da gravação são completamente inválidas”, declarou Buchanan em um comunicado.

O advogado de Sterling, Maxwell Blecher, disse não ter comentários sobre a decisão da NBA de aprovar em princípio a venda do Clippers por parte de Shelly Sterling por 2 bilhões de dólares para o ex-presidente-executivo da Microsoft Corp, Steve Ballmer.