Mutação que causa câncer de fígado é descoberta por cientistas espanhóis

Um grupo de pesquisadores espanhóis comandado por Nabeel Bardesy, da Universidade de Harvard, descobriu uma mutação genética que provoca a progressão do colangiocarcinoma, um tipo de câncer hepático que apresenta um mau prognóstico. A pesquisa realizada pelo Grupo de Oncologia Hepática do Instituto de Pesquisas Biomédicas August Pi i Sunyer (Idibaps) de Barcelona foi publicada […]

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Um grupo de pesquisadores espanhóis comandado por Nabeel Bardesy, da Universidade de Harvard, descobriu uma mutação genética que provoca a progressão do colangiocarcinoma, um tipo de câncer hepático que apresenta um mau prognóstico.

A pesquisa realizada pelo Grupo de Oncologia Hepática do Instituto de Pesquisas Biomédicas August Pi i Sunyer (Idibaps) de Barcelona foi publicada nesta quinta-feira (3) na revista científica “Nature”.

Através da pesquisa foi identificada uma mutação na enzima IDH que ocorre nas células-mãe do fígado e que provoca a progressão do câncer hepático conhecido como colangiocarcinoma intra-hepático.

Ao bloquear a enzima IDH, se poderá frear a progressão da doença, que representa 10% dos cânceres de fígado (ao redor de 70.000 casos por ano em nível mundial).

É um tipo de tumor difícil de ser detectado em fases iniciais e por isso apenas 30% dos pacientes podem ser operados. Além disso, não existe nenhum tratamento molecular para esta doença.

A empresa biotecnológica Agios Pharmaceuticals colaborou na pesquisa e desenvolveu um fármaco para bloquear de maneira seletiva a forma mutada de IDH e poder combater o avanço do tumor.

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