Mulher de ex-assessor de Gleisi diz que marido foi abandonado pelo PT
Festejado até o ano passado como um dos principais exemplos de administradores públicos pertencentes ao quadro PT nacional e homem de inteira confiança do casal de ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), o ex-assessor especial da Casa Civil Eduardo André Gaievski é atualmente um homem esquecido pelos companheiros de partido. Preso em […]
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Festejado até o ano passado como um dos principais exemplos de administradores públicos pertencentes ao quadro PT nacional e homem de inteira confiança do casal de ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), o ex-assessor especial da Casa Civil Eduardo André Gaievski é atualmente um homem esquecido pelos companheiros de partido. Preso em agosto do ano passado sob acusação de prática de quase 40 crimes sexuais – muitos deles supostamente cometidos contra meninas pobres e com menos de 14 anos, segundo denúncia do Ministério Público – Gaievski nega todas as acusações e se declara “preso político” de uma ação orquestrada pelo PSDB paranaense para desestabilizar a provável candidatura de sua “chefe” ao governo paranaense. À primeira vista inverossímil, a tese apresentada é defendida a exaustão por uma pessoa que teria todas as razões para rejeitá-la.
Morando sozinha no apartamento onde vivia com o ex-prefeito de Realeza (PR),a 540 quilômetros de Curitiba, Janete Szpak Gaievski, 44 anos, nem de longe lembra a imagem da ex-primeira-dama do município no período entre 2005 a 2012. Com o semblante abatido e tentando resistir às lágrimas que brotavam em seus olhos em vários momentos da entrevista exclusiva, ela falou durante quase três horas com a reportagem. Reafirmou que o marido é vitima de “uma conspiração” com objetivos políticos, disse que a defesa dele está sendo cerceada, chorou ao relatar a prisão de seu filho, André Gaievski, 19 anos – preso em outubro acusado de oferecer dinheiro a testemunhas para modificar as acusações contra o ex-assessor da Casa Civil – e lamentou o distanciamento de companheiros de partido por quem “o Eduardo daria a vida”. Com o marido e filho presos, dois cunhados foragidos (também acusados de compra de testemunhas), ela promete resistir até o fim para que “um dia o Eduardo possa contar os detalhes dessa conspiração”. Se conseguir o intento, Janete só tem uma definição para o futuro. “Quero minha família longe da política. Se o Eduardo continuar, ele não me terá mais do seu lado”, decreta.
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