MS lidera apreensões de maconha e cocaína em rodovias brasileiras, diz PRF

O estado de Mato Grosso do Sul é o líder em apreensões de maconha e cocaína nas rodovias brasileiras. Os dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e apontam que em 2013 o Estado respondeu por 53% das apreensões de maconha e 38% da cocaína feita pela corporação em todo o Brasil. De acordo com o […]

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O estado de Mato Grosso do Sul é o líder em apreensões de maconha e cocaína nas rodovias brasileiras. Os dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e apontam que em 2013 o Estado respondeu por 53% das apreensões de maconha e 38% da cocaína feita pela corporação em todo o Brasil. De acordo com o inspetor Airton Motti Junior, chefe de fiscalização e policiamento, os números mostram um aumento na quantidade de droga apreendida de comparado aos anos de 2012 e 2011.

Conforme os dados da PRF, em 2011 foram apreendidas 25 toneladas de maconha, já em 2012, foram 38 toneladas e no ano passado, 54 toneladas. Com relação à cocaína, em 2011 foram duas toneladas e em 2013, 2.5 toneladas. Segundo Motti, a fiscalização da PRF é feita com base em “barreiras” para poder atacar de forma sistemática o tráfico de drogas.

Há as chamadas barreiras de primeiro escalão, na região de fronteira, as de 2º escalão nas intersecções de rodovias como nos anéis rodoviários e as barreiras de 3º escalão, nas divisas com os outros estados. “Desta maneira a PRF obtém melhores resultados, trabalhando de forma escalonada, da fronteira até os estados que fazem divisa com Mato Grosso do Sul”, diz. Ao todo, são dez delegacia da PRF no Estado e 22 postos de fiscalização.

Segundo a PRF é possível notar uma mudança na postura dos traficantes. Alguns anos atrás era comum o transporte de pequenas quantidades de drogas. “Hoje lotam o carro que levava 100 quilos, com 500, 600 quilos de maconha. Não são carros velhos, são carros, novos, pois eles [criminosos] têm a sensação de que com um carro novo não serão parados pela polícia”, afirma.

Motti alerta que esse tipo de traficante também aumenta o perigo de mortes de pessoas inocentes nas rodovias. “São mais agressivos. É o tipo de veículo que não para. Pode atropelar os policiais, causar acidentes, colisões frontais com outros carros. Eles se matam e matam nas estradas”. Para enfrentar os criminosos que se a cada dia inventam um novo jeito de tentar se esconder da polícia a PRF investe em estratégia. “A estratégia é sempre mudar, evoluir para contribui com a sociedade”, destaca.

Outro motivo comumente apontado para o aumento é a seria a instituição da Lei do Abate, em  2009, que permite à detenção, à interdição e à apreensão de aeronaves, teria aumentado o número de apreensões feitas por terra, pois os traficantes teriam deixado de transportar drogas pelo ar. O inspetor afirma que não há como saber se a lei está diretamente ligada com o aumento. Ele aponta fatores como o clima, aumento da quantidade de safras de maconha e o aumento da tecnologia no cultivo da maconha, como a criação de maconha transgênica.

Durante o ano também houve grande número de apreensões de armas, munições, que são conforme a PRF “embutidos” nos carregamentos de drogas. Também é verificado a associação para o tráfico, principalmente de cocaína, que não é mais caro do que maconha.

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