MG: após briga em presídio, Bruno perde dias de redução de pena

Após se desentender com outros detentos e um agente penitenciário no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, onde cumpre pena, o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, que foi condenado a 22 anos de prisão pelo sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio, perderá 59 dias de redução de sua pena, por ter trabalhado na prisão. A cada […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Após se desentender com outros detentos e um agente penitenciário no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, onde cumpre pena, o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, que foi condenado a 22 anos de prisão pelo sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio, perderá 59 dias de redução de sua pena, por ter trabalhado na prisão.

A cada três dias trabalhados, os presos descontam um dia da pena a que foram condenados. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), o ex-goleiro do Flamengo contabilizava 222 dias descontados de sua pena, valor que foi reduzido para 163 após a punição.

Apesar de perder os dias trabalhados no desconto de sua pena, Bruno conseguiu diminuir o prazo para progredir ao regime semiaberto. Inicialmente prevista para janeiro de 2020, a progressão de regime do ex-atleta foi adiada, em setembro de 2013, por conta das ameaças feitas no presídio, para agosto de 2020. A decisão do TJ mineiro de ontem, porém, retornou a data-base para que Bruno passe ao semiaberto em janeiro.

Segundo o desembargador Doorgal Andrada, relator do recurso, “a lei não prevê, como efeito do reconhecimento da falta grave, a alteração da data-base para a obtenção da progressão de regime.” Para o relator, o cometimento de falta grave implica apenas a perda dos dias remidos.

O Terra tentou, mas não conseguiu contato com o defensor do goleiro para comentar a decisão da Justiça.

Bruno se desentendeu no presídio

Em abril de 2013, Bruno ameaçou dois presos, dizendo que iria os “pegar” e “bater”, por conta de ambos terem “dedurado” suas ações. O ex-goleiro também teria afirmado para o coordenador do pavilhão que “mandava pegar e matar lá fora”.

Em juízo, Bruno negou as ameaças e afirmou que apenas teve uma discussão com os dois presos, pelo fato de eles terem desrespeitado sua visita no final de semana anterior.

Apesar de negar as ameaças, o ex-goleiro afirmou que avisou ao coordenador que iria conversar com os dois presos, por considerar uma “coincidência” que ele tenha sido proibido de trabalhar depois que os dois presos foram ouvidos pela direção da penitenciária.

Conteúdos relacionados