Mergulhadores acham cabine com 48 corpos em balsa na Coreia do Sul

Mergulhadores encontraram 48 corpos de meninas em uma cabine da balsa Sewol, que naufragou na Coreia do Sul, no dia 16 de abril, informou a TV americana CNN, nesta sexta-feira (25). Elas vestiam coletes salva-vidas e tudo indica que elas correram para a cabine, com espaço para 30 pessoas, quando a balsa começou a afundar. […]

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Mergulhadores encontraram 48 corpos de meninas em uma cabine da balsa Sewol, que naufragou na Coreia do Sul, no dia 16 de abril, informou a TV americana CNN, nesta sexta-feira (25). Elas vestiam coletes salva-vidas e tudo indica que elas correram para a cabine, com espaço para 30 pessoas, quando a balsa começou a afundar.

Autoridades afirmaram que foram encontradas diversas cabines “sobrecarregadas de pessoas”, mas que as equipes de resgate estão enfrentando dificuldades para recuperá-los. Os trabalhos de busca continuam na Coreia do Sul.

O número provisório de mortos chegou a 183, enquanto outras 119 permanecem desaparecidas em águas do sudoeste do país. As autoridades locais não trabalham mais com a possibilidade de encontrar sobreviventes.

Após o naufrágio do Sewol, somente 174 pessoas foram resgatadas, todas elas nas horas posteriores ao acidente, do total de 476 pessoas que viajavam de Incheon até a turística ilha meridional de Jeju.

Na quinta-feira (24), a Procuradoria-Geral da Coreia do Sul acusou de homicídio por negligência e violação das leis marítimas 11 dos 15 membros resgatados da tripulação. Os procuradores acham que os tripulantes não fizeram qualquer operação de salvamento: se protegeram na cabine enquanto esperavam para ser resgatados pela Guarda Costeira, informou a emissora sul-coreana “Arirang”. As acusações aos membros da tripulação podem levar a no mínimo três anos de prisão.

O capitão, que permanece detido pelo mesmo motivo, é acusado pelas autoridades de “assassinato por omissão” por supostamente não evacuar o barco, deixando a maioria dos passageiros presa.

Hoje, alguns tripulantes interrogados admitiram que não tentaram resgatar os passageiros a bordo, enquanto o chefe de máquinas se defendeu. “Eu não pretendi fugir” deixando os passageiros para trás, respondeu o maquinista à imprensa após ir a um tribunal na cidade portuária de Mokpo, no sudoeste do país e perto das águas onde naufragou o barco.

As autoridades acreditam que o funcionário da embarcação conseguiu escapar através de uma passagem reservada aos membros da tripulação, após pedir aos passageiros que não se movimentassem. Ele assegura que escapou “exatamente antes de a embarcação começar a virar totalmente”.

A investigação revelou que sete membros da tripulação, incluindo o chefe de máquinas, foram alguns dos primeiros a chegar à costa em um bote salva-vidas após o resgate.

A balsa Sewol começou a se inclinar supostamente por uma curva brusca que levou ao deslocamento da carga, e em pouco mais de uma hora já estava completamente afundada.

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