Márcio Fernandes aparece na sessão, mas se recusa a falar sobre flagrante em comitê

O deputado estadual Márcio Fernandes (PTdoB) apareceu na sessão desta quinta-feira (28) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, mas se recusou a falar sobre o envolvimento do chefe de gabinete da prefeitura de Bonito, Newton Cirqueira, o Berenga, que teria usado computador da administração no seu comitê no município. “Já emiti nota para […]

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O deputado estadual Márcio Fernandes (PTdoB) apareceu na sessão desta quinta-feira (28) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, mas se recusou a falar sobre o envolvimento do chefe de gabinete da prefeitura de Bonito, Newton Cirqueira, o Berenga, que teria usado computador da administração no seu comitê no município.

“Já emiti nota para todos da imprensa. O que eu tinha que falar já disse por nota”, afirmou Márcio Fernandes na sessão de hoje. O deputado não compareceu na sessão de quarta-feira (27).

Berenga foi preso no comitê do deputado na sexta-feira (22) utilizando o computador da prefeitura. Primeiro, conforme consta nos autos policiais, ele tentou dizer que o computador pertencia ao dono de uma loja de informática, mas foi desmentido pelo próprio comerciante.

No dia seguinte à prisão do chefe de gabinete, a assessoria de Márcio Fernandes emitiu uma nota a pedido do parlamentar. Segue abaixo a nota na íntegra:

“NOTA DE ESCLARECIMENTO
Quanto aos fatos noticiados envolvendo o meu nome na cidade de Bonito, esclareço que não conhecia, não consinto e repudio qualquer utilização indevida de bens públicos, ainda mais na minha campanha eleitoral.
Não tenho absolutamente nenhuma relação com esses fatos.
Deputado estadual Marcio Fernandes”

Apesar do repúdio ao uso de bens públicos na campanha eleitoral, no auto da prisão em flagrante de Berenga consta que “um computador da Secretaria Municipal de Meio Ambiente foi desviado para o comitê eleitoral do candidato Márcio Fernandes e estava sendo utilizado pelos componentes da equipe de campanha”.

O prefeito de Bonito, Leonel Lemos de Souza Brito, é correligionário de Márcio Fernandes. Até o momento, também, não atendeu as ligações da reportagem para comentar a prisão de Berenga.

Pelo que se tem apurado até o momento, o caso trata-se de crime de peculato, na modalidade desvio, como tipifica o artigo 312 do Código Penal. Ou seja, é o uso de bem público, por funcionário público, em benefício próprio ou de terceiro.

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