Marcada por especulações eleitorais, Bovespa sobe 2,4%
A Bovespa encerrou o último pregão antes do segundo turno da eleição presidencial em alta, interrompendo sequência de quatro quedas, mas com seu principal índice longe das máximas da sessão volátil, marcada por pesquisas, rumores e especulações sobre o resultado das urnas no domingo. O Ibovespa fechou nesta sexta-feira com ganho de 2,42%, a 51.940 […]
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A Bovespa encerrou o último pregão antes do segundo turno da eleição presidencial em alta, interrompendo sequência de quatro quedas, mas com seu principal índice longe das máximas da sessão volátil, marcada por pesquisas, rumores e especulações sobre o resultado das urnas no domingo.
O Ibovespa fechou nesta sexta-feira com ganho de 2,42%, a 51.940 pontos, mas chegou a subir 4,8% na máxima do dia, quanto alcançou 53.145 pontos. Também trabalhou no vermelho no início do pregão, quando caiu aos 50.687 pontos.
O volume financeiro do pregão somou R$ 10,6 bilhões.
A alta nesta sexta-feira ajudou a reduzir as perdas na semana para 6,8%, bem como colocou o desempenho acumulado no ano novamente no azul, com alta de 0,84%.
“O movimento teve muito a ver com o que houve na véspera, quando a bolsa caiu com o mercado colocando uma chance de 70 a 80% de vitória para Dilma Rousseff”, disse o analista Fernando Góes, da Clear Corretora. “Desde então, tivemos pesquisa Sensus e reportagem da Veja, entre outras coisas, e o mercado voltou a precificar algo como 50 a 50%”.
Especulação eleitoral
Profissionais do mercado ouvidos pela Reuters também deram peso a resultados de supostos levantamentos eleitorais feitos por bancos que circularam por e-mail durante o dia e apontavam Aécio Neves (PSDB) ainda à frente na disputa contra Dilma, que busca reeleição pelo PT, diferentemente de pesquisas Datafolha e Ibope, conhecidas na véspera.
Nesta manhã, o Sensus também trouxe o tucano na liderança, embora com menor vantagem em relação à pesquisa anterior, o que também ajudou a impulsionar o mercado.
Supostas pesquisa dos bancos, que circularam por e-mail durante o dia, apontavam Aécio Neves (PSDB) à frente na disputa contra Dilma Rousseff (PT)
Tais profissionais ainda citaram reportagem da revista Veja sobre suposta declaração do doleiro Alberto Youssef, à Polícia Federal, dizendo que tanto a presidente Dilma como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saberiam do suposto esquema de corrupção na Petrobras.
Para a equipe do Brasil Plural, em comentários mais cedo a clientes sobre as pesquisas Ibope e Datafolha, salvo uma grande mudança de último minuto, como um fracasso no debate da TV nesta sexta-feira, a presidente Dilma ganhará mais quatro anos de governo na eleição de domingo.
“O fato de que ela pode vencer pela mesma margem que em 2010, apesar do crescimento econômico medíocre e inflação alta, sugere uma organização da campanha superior”, avaliaram.
A expectativa para o último debate entre os candidatos na TV nesta noite e vários outros boatos também influenciaram os negócios.
Alternância nas ações
Entre as estatais, que sofreram fortemente nas últimas sessões, a preferencial da Petrobras fechou em alta de 5,8%, mas chegou a avançar mais de 9%. Banco do Brasil encerrou com ganho de 3,2%.
As ações da Eletrobras também terminaram no azul.
Outros papéis influenciados pela dinâmica eleitoral, mais especificamente por apostas na alternância de governo federal, também registravam ganhos expressivos, como BM&FBovespa, Itaú Unibanco e Bradesco.
O setor imobiliário foi outro destaque de alta. No caso de Rossi , o ganho chegou a 16,5% na máxima, após anunciar que pretende realizar grupamento das ações na proporção de 5 para 1, sem alteração do capital social, para se adquedar previamente às novas regras da bolsa.
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