Manifestação de 1º de Maio acaba com 58 feridos e 139 detidos em Istambul

Pelo menos 139 pessoas foram detidas e outras 58 ficaram feridas em choques nesta quinta-feira em Istambul durante as manifestações de 1º de Maio. Estudantes e vários sindicatos aproveitaram o feriado do Dia do Trabalho para protestarem contra o governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, sob críticas por diminuir a liberdade de expressão e por […]

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Pelo menos 139 pessoas foram detidas e outras 58 ficaram feridas em choques nesta quinta-feira em Istambul durante as manifestações de 1º de Maio. Estudantes e vários sindicatos aproveitaram o feriado do Dia do Trabalho para protestarem contra o governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, sob críticas por diminuir a liberdade de expressão e por denúncias de corrupção. Os manifestantes tentaram ocupar a Praça Taksim, no centro da cidade, que tinha sido fechada previamente pelas autoridades.

“Segundo nossas informações, até agora há 139 detidos em Istambul. Temo que este número vai aumentar’”, declarou Mehmet Soganci, presidente do TMMOB, o sindicato que reúne arquitetos e engenheiros, e uma das quatro grandes organizações que convocaram marchas rumo a Taksim. Soganci disse que ainda estavam recolhendo dados dos hospitais para estabelecer o número de feridos, embora tenha assinalado que poderiam ser cerca de cem e que entro eles há pelo menos um jornalista.

Grupos de manifestantes e a polícia turca entraram em confronto em diversos momentos durante os protestos. Os primeiros choques foram registrados nos bairros de Sisli e de Besiktas, ambos a cerca de dois quilômetros da Praça Taksim, onde as forças de segurança bloquearam com blindados as manifestações dos sindicatos. Todos os acessos à praça foram fechados por cercas metálicas e a polícia só permitia o acesso aos moradores ou a quem trabalha na região, segundo o jornal Hürriyet Daily News.

Os agentes usaram em alguns momentos granadas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar grupos de manifestantes. Istambul amanheceu paralisada em grande parte, com um enorme contingente policial patrulhando as principais vias da cidade. Parte dos serviços de vários meios de transporte, como embarcações, bondes, ônibus e metrô, foram suspensos para dificultar a afluência de manifestantes ao centro de Istambul.

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