Magnata chinês é condenado à pena de morte por máfia

O magnata chinês da mineração Liu Han explodiu de raiva após ser condenado à pena morte por liderar uma grupo mafioso por duas décadas. A sentença finaliza um dos casos de maior destaque contra um empresário desde o início da campanha do presidente Xi Jinping contra a corrupção.

“Eu fui incriminado e injustiçado”, gritou Han no tribunal antes de ser levado pelos guardas, segundo duas testemunhas.

“Liu Han e Liu Wei têm mentes hediondas e são capazes de atos sinistros, que tiveram efeitos extremamente negativos para a sociedade”, disse o tribunal em um comunicado. Outros 33 pessoas foram condenados a penas que variam de três anos de prisão a pena capital.

Liu Han negou perante a Corte, em abril, a maioria das acusações contra ele, incluindo a execução de um grupo criminoso. Já seu irmão, disse que fez confissões sob tortura.

“Os policiais disseram que se eu não falasse, minha esposa e filho iam ser presos”, disse Liu Wei ao tribunal ao contar também que apanhou todos os dias enquanto esteve confinado.

Liu, em seu auge, foi o chefe do conglomerado da mineração Sichuan Hanlong Group e classificado como o 148º na lista dos mais empresários chineses em 2012. Há suspeitas a sentença faça parte de uma operação contra corrupção ligada ao ministro de Segurança Pública da China, Zhou Yongkang.