O Grupo Maersk negou em nota divulgada neste domingo qualquer relação com um suposto esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. Segundo reportagem da revista Época, pen drives apreendidos pela Polícia Federal (PF) na casa de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que chegou a ser preso na operação Lava a Jato, indicam que este recebeu R$ 6,2 milhões de “comissão” em contratos firmados entre a petroleira e a empresa dinamarquesa.

Segundo a Maersk, “é comum e habitual a utilização de corretores, que prestam assistência de marketing externo para promover os serviços de operadores petroleiros para muitos clientes de diferentes países (…) A norma internacional para pagamento de taxas para corretores é de 1,25% sobre o total de ganhos acordado em carta-contrato”.

Conforme a reportagem, era em cima dessa taxa de 1,25% que o ex-diretor faturava. Ele teria utilizado o nome de um amigo para montar uma empresa para receber o dinheiro. “As comissões são pagas após a apresentação de faturas oficiais emitidas pelo corretor em questão e por canais bancários igualmente oficiais para um Banco designado no Rio de Janeiro”, diz a empresa.

A assessoria de imprensa da Maersk informou ao Terra ainda que a reportagem apresenta dados incorretos sobre a empresa: o faturamento anual é de US$ 47,4 bilhões ao ano, e não US$ 27 bilhões; são 634 embarcações (incluindo sondas) e não 600 navios. Além disso, a companhia reitera que não tem nenhum contrato firmado com Paulo Roberto Costa.

O ex-diretor da Petrobras foi solto por determinação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou, também, que o caso deve ficar no Supremo, já que envolve parlamentares.