Líder Executivo de Hong Kong propõe nova tentativa de diálogo com ativistas

O chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, manifestou nesta quinta-feira (16) disposição para reiniciar o diálogo com a Federação de Estudantes, uma das três organizações que lideram os protestos, na semana que vem. “Ao longo dos últimos dias, manifestamos aos estudantes o desejo de iniciar um diálogo o mais rápido possível, esperamos que […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, manifestou nesta quinta-feira (16) disposição para reiniciar o diálogo com a Federação de Estudantes, uma das três organizações que lideram os protestos, na semana que vem.

“Ao longo dos últimos dias, manifestamos aos estudantes o desejo de iniciar um diálogo o mais rápido possível, esperamos que isso possa ocorrer na próxima semana”, disse Chun-ying em entrevista coletiva.

A disposição para o diálogo surge depois de dois dias de violência entre a polícia e os manifestantes após ter sido divulgado vídeo imagens da agressão de policiais a um manifestante nas ruas da antiga colônia britânica.

No vídeo gravado pelo TVB é possível ver o membro do Partido Cívico Ken Tsang sendo agredido. A violência gerou uma onda de revolta, sobretudo entre os manifestantes. Eles tinham acusado anteriormente a polícia de uso excessivo de violência e de falha em protegê-los dos repetidos ataques de grupos pró-Pequim.

“Não devemos politizar esse incidente”, disse o chefe do Executivo, recusando-se a fazer mais comentários sobre o caso.

Os manifestantes exigem a demissão do chefe do Executivo e que Pequim recue na decisão, tomada em agosto, que estabelece que ele será eleito por sufrágio universal, mas só depois daquilo a que a ala democrata chama de “tiragem”.

Isso porque, de acordo com a proposta de Pequim, os aspirantes ao cargo precisam obter o apoio prévio de mais da metade dos membros de um comitê eleitoral, para poder concorrer à próxima eleição, em que apenas dois ou três candidatos vão ser selecionados.

“A política é a arte do possível e temos que traçar uma linha entre as possibilidades e as impossibilidades”, sustentou.

Conteúdos relacionados