João Paulo 2º e João 23 são proclamados santos em grande cerimônia
O papa Francisco proclamou neste domingo (27) a santidade dos papas João 23 e João Paulo 2º e pediu, em um grande cerimônia na Praça de São Pedro, que ambos os pontífices sejam inscritos nos livros dos santos da Igreja. O rito foi feito em latim, ao começo do ato no qual a Igreja Católica […]
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O papa Francisco proclamou neste domingo (27) a santidade dos papas João 23 e João Paulo 2º e pediu, em um grande cerimônia na Praça de São Pedro, que ambos os pontífices sejam inscritos nos livros dos santos da Igreja.
O rito foi feito em latim, ao começo do ato no qual a Igreja Católica eleva aos altares aos dois papas, em cerimônia que também celebrada com o papa emérito Bento XVI.
A proclamação da santidade dos dois papas foi recebida com um grande aplauso na Praça de São Pedro, assim como em outros lugares de Roma, onde dezenas de milhares de peregrinos se concentram perante telas gigantes de onde acompanham a cerimônia.
Francisco disse que os os pontífices foram “homens corajosos”, que não tiveram “medo” de contemplar Jesus e que viveram os desafios do século 20.
“São João 23 e São João Paulo 2º tiveram a coragem de olhar as feridas de Jesus, de tocar suas mãos. Não tiveram vergonha da carne de Jesus, não se escandalizaram dele, da sua cruz, não tiveram vergonha da carne do irmão”, afirmou o Francisco. “Foram sacerdotes, bispos e Papas do século XX. Conheceram as tragédias desse século, mas não foram sobrecarregados e julgados por elas. O mais forte, neles, era Deus, a fé em Jesus Cristo Redentor do homem e Senhor da história”, destacou Francisco.
Segundo o Papa, João 23 e João Paulo 2º também “colaboraram para recuperar a Igreja com sua fisionomia original”, principalmente o primeiro, através do Concílio Vaticano 2º. “João 23 foi para a Igreja Católica um pastor, um guia, mas também guiado pelo Espírito Santo. Esse foi seu grande serviço pela Igreja. Por isso, gosto de pensar nele como o ‘Papa da Docilidade do Espírito Santo’”, afirmou Francisco.
Rito de canonização
A parte mais importante e esperada da cerimônia foi o rito da canonização, quando o governador regional da Congregação para a Causa dos Santos, o cardeal Angelo Amato, apresentou a Francisco “os três pedidos” de canonização para ambos os papas, primeiro com “grande força”, depois com “maior força” e, por último, com “grandíssima força”.
Em seguida, o papa pronunciou a fórmula: “Em homenagem à Santíssima Trindade, pela exaltação da fé católica e o aumento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo e dos santos apóstolos Pedro e Paulo, após haver refletido largamente e invocado a ajuda divina e escutando o parecer de muitos de nossos irmãos bispos, declaramos santos João XXIII e João Paulo II”.
E finalmente, pediu a que os dois papas fosse inscritos nos livros dos santos.
João Paulo 2º foi canonizado após um processo recorde por sua brevidade, graças a que Bento 16 autorizou abrir o processo sem esperar que passassem cinco anos desde sua morte.
No entanto, o processo para sua beatificação e posterior canonização passou por todos os requisitos, entre eles o dos dois milagres realizados por sua intercessão, o da cura da freira francesa Marie Simon-Pierre e o do costarriquenho Floribeth Mora, ambos hoje presentes em São Pedro.
Enquanto no caso de João XXIII, beatificado no ano 2000 por João Paulo II, o papa Francisco acelerou o processo ao assinar o decreto para seu canonização sem que se houvesse ainda comprovado o segundo milagre necessário para ser santo.
Missa com grande estrutura
A missa é oficiada pelo papa Francisco e cocelebrada entre 130 e 150 cardeais vindos de todo o mundo para esta ocasião, assim como 1.000 bispos e 870 sacerdotes se encarregarão de dar a comunhão.
Perante a impossibilidade que todos os fiéis possam entrar na Praça de São Pedro, há 17 telas gigantes distribuídas por toda Via da Conciliação e em outros pontos de Roma como a praça Farnese, Praça Navona e os Foros imperiais.
Os mais próximos ao papa são o cardeal vigário de Roma, Agostino Vallini, o cardeal polonês e histórico secretário de João Paulo 2º, Stanislao Dziwisz, e o bispo de Bergamo, Francesco Beschi, procedente da cidade natal de João 23.
Mas também está presente Bento 16, que ocupará um posto com os outros cardeais no setor esquerdo.
As delegações ocuparão os dois setores ao lado do altar, onde se instalaram toldos já que as previsões do tempo dizem que pode chover durante a manhã.
A cerimônia começou aproximadamente às 9h (4h em Brasília), já que este domingo se celebra a Divina misericórdia, festa da Igreja Católica que proclamou o papa João Paulo 2º. (Com agências internacionais).
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