Jardineiro que mantinha jovem em casa por meio de ameaças é indiciado indiretamente

Por não se apresentar até a conclusão do inquérito policial, o jardineiro Dirceu Benites, de 40 anos, foi indiciado indiretamente. Até o momento, a informação é de que ele responderá pelos crimes de constrangimento ilegal e posse sexual mediante fraude. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio Lauretto, da Depca (Delegacia Especializada […]

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De acordo com o delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio Lauretto, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), após a conclusão do inquérito, a advogada de Dirceu fez o pedido de Habeas Corpus. O pedido foi negado na segunda-feira (22) e, até que o caso fosse encaminhado ao Ministério Público, Dirceu não procurou a polícia, portanto segue foragido.

Agora, a polícia não tem mais o dever de fazer buscas pelo suspeito, mas, se abordado, pode ser preso. “O nome dele fica no banco de dados de todas as forças de segurança pública, então, em qualquer abordagem feita, se verificarem a situação dele, podem recolhê-lo e levá-lo até uma delegacia”, informa Lauretto. O delegado fez o pedido de prisão preventiva do jardineiro, que ainda não foi cumprida. 

O inquérito foi encaminhado para o judiciário e caberá ao Ministério Público localizar Dirceu, para que ele seja informado do indiciamento e para ser convocado a comparecer nas audiências.

Constrangimento ilegal

De acordo com o delegado Lauretto, foi concluído que Dirceu não mantinha a adolescente em cárcere, pois ela poderia ter saído da casa onde morava. Mas, por conta da violência psicológica, ela mantinha o relacionamento e permanecia morando na mesma residência que ele. Benites também foi indiciado por posse sexual mediante fraude, por ter se aproximado da adolescente utilizando identidade falsa.

“Ele não a mantinha trancada, mas por conta da pressão psicológica e ameaças, ela não saiu de dentro da casa, mesmo que não fosse trancada como concluiu a perícia ou que podendo pedir ajuda”, explica Lauretto.

Conforme a autoridade policial, a polícia descobriu que Dirceu já havia se aproximado de outra adolescente, do mesmo modo, com o nome falso e só não deu prosseguimento na relação, pois ele conheceu a adolescente.

“Denúncia”

O caso veio à tona no dia 19 de agosto. A adolescente foi até uma farmácia e deixou um pedido de ajuda no verso de uma receita médica. A atendente acionou a polícia que foi até a casa onde a adolescente estaria sendo mantida em cárcere com o filho bebê.

Na época, a garota relatou à polícia que em pouco tempo de namoro com Dirceu, ela já ficou grávida. Ele convenceu a vítima de parar de trabalhar e a levou para morar na casa da mãe. Posteriormente, ela descobriu que ele era casado e usava um nome falso e ele a levou para morar com a ex-mulher e os filhos na casa onde foi encontrada.

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