Idosa de 92 anos passa por crise respiratória e é levada para posto sem respiradores

Uma idosa de 92 anos, que estava com dificuldades para respirar, foi socorrida e encaminhada para o Posto de Saúde do Bairro Guanandi, que, segundo familiares, não possui aparelhos respiratórios. Conforme os parentes, a idosa só foi transferida 12 horas depois para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Vila Almeida, contudo, eles dizem […]

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Uma idosa de 92 anos, que estava com dificuldades para respirar, foi socorrida e encaminhada para o Posto de Saúde do Bairro Guanandi, que, segundo familiares, não possui aparelhos respiratórios. Conforme os parentes, a idosa só foi transferida 12 horas depois para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Vila Almeida, contudo, eles dizem que ela deveria ter sido levada para um hospital, pois o caso era grave.

“Quando ela chegou à UPA Vila Almeida, à noite, recebeu atendimento com um aparelho manual, pois não havia nenhum respirador mecânico, passou muitas horas com dificuldade para respirar”, alerta Gleicequelly Basilio, neta da paciente.

Segundo Geicequelly, a idosa ainda espera por uma vaga na CTI de algum hospital. “Um médico me falou que se ela não for transferida logo acabará morrendo. Dói muito ver alguém que pagou impostos pela vida toda ficar dependendo, no último momento de sua vida, de uma saúde pública precária e, possivelmente, morrer por falta de um tratamento digno”, esbraveja.

De acordo com o coordenador do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), José Eduardo Cury, nem todos os casos de socorro são levados para hospitais. “Quem determina o procedimento mais apropriado é o médico plantonista. O Samu faz a parte dele quando socorre o paciente em sua casa e leva para um atendimento”, diz.

Cury diz, ainda, que os hospitais, geralmente, são um pouco perigosos para pessoas com idade avançada. “Nos grandes hospitais os riscos para um doente ser contaminado por bactérias é muito maior, pois há muitas nesse ambiente”, conclui.

A assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirma que o procedimento padrão é encaminhar o paciente para a unidade de saúde mais próxima de sua casa. Apenas nos casos de traumas os pacientes são levados para um hospital.

A Sesau diz também que todas as unidades de saúde de Campo Grande possuem aparelhos respiratórios. Além disso, as 24 horas atendem conforme a classificação de risco e não de acordo com a faixa etária.

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