Ideb fica abaixo da meta no ensino médio e no ciclo final do fundamental

O Brasil superou as metas na educação propostas pelo MEC (Ministério da Educação) para serem alcançadas em 2013 no ciclo inicial do ensino fundamental (de 1º ao 5º ano), mas ficou abaixo da meta projetada no ciclo final do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e no ensino médio, de acordo com o Ideb (Índice […]

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O Brasil superou as metas na educação propostas pelo MEC (Ministério da Educação) para serem alcançadas em 2013 no ciclo inicial do ensino fundamental (de 1º ao 5º ano), mas ficou abaixo da meta projetada no ciclo final do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e no ensino médio, de acordo com o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Ministério da Educação.

Nos anos iniciais, o Ideb registrado em 2013 foi de 5,2 pontos, acima do índice de 2011 (5,0) e acima também da meta projetada pelo MEC (4,9). Já nos anos finais do ensino fundamental, o Ideb foi de 4,2 pontos, um índice levemente superior do alcançado na edição anterior (4,1), mas abaixo da meta de 4,4 esperada pelo governo federal.

No ensino médio, o Ideb registrado no país foi de 3,7 pontos, o mesmo registrado em 2011. O índice ficou abaixo da meta de 3,9 pontos projetadas pelo MEC para o ano de 2013.

Os índices reúnem as redes públicas (estadual e municipal) e privada.

O Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública. Foi criado em 2007 pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil, em uma escala de 0 a 10.

Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula.

A Prova Brasil avalia o desempenho de estudantes em língua portuguesa e matemática no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano), e no terceiro ano do ensino médio. O índice é divulgado a cada dois anos e tem metas projetadas até 2022, quando a expectativa para os anos iniciais da rede estadual é de uma nota 6,0.

Ensino fundamental

O Ideb mostra que 60% das redes públicas do Brasil estão abaixo da meta nos anos finais do fundamental. Considerando só as redes estaduais, só 41,8% dos estados atingiram a meta do Ideb 2013 nos anos finais do fundamental. Considerando só as redes municipais, só 35,8% delas atingiram a meta

No caso específico das redes estaduais, 75,7% dos municípios atingiram a meta. No caso das redes municipais, essa porcentagem foi de 69,7%.

No ensino fundamental, as redes estaduais com os melhores desempenhos nos anos iniciais (1º ao 5º ano) foram Minas Gerais e Paraná (6,2 pontos), Goiás (6,0), São Paulo e Santa Catarina (5,7). Apenas Roraima (3,6) e Acre (3,8) ficaram abaixo da média.

Nos anos finais (6º ao 9º) ano, os melhores índices foram de Minas Gerais (4,7), Goiás (4,5), Acre e São Paulo (4,4) e Mato Grosso (4,2). Noves redes estaduais ficaram abaixo da meta projetada: Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, Sergipe, Santa Catarina, Mato Grosso e Distrito Federal.

Ensino médio

Apenas cinco estados estão acima da meta projetada para 2013 na rede estadual para o ensino médio: Amazonas, Piauí, Pernambuco, Goiás e Rio de Janeiro. Um estado igualou a meta: Mato Grosso do Sul. Os outros 20 estados mais o Distrito Federal ficaram abaixo da meta esperada. As redes estaduais concentram cerca de 80% das matrículas do país.

Goiás obteve o melhor Ideb do ensino médio na rede estadual: 3,8 pontos. Em seguida estão São Paulo e Rio Grande do Sul (3,7); Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco (3,6). O pior índice foi de Alagoas, com 2,6 pontos.

Além disso, nove estados melhoraram o Ideb em relação a 2011 no ensino médio da rede estadual: Goiás (subiu de 3,6 para 3,8), Rio Grande do Sul (de 3,4 para 3,7), de Rio de Janeiro (de 3,2 para 3,6), Pernambuco (3,1 para 3,6), Rondônia (de 3,3 para 3,4), Espírito Santo (de 3,3 para 3,4), Distrito Federal (de 3,1 para 3,3), Piauí (de 2,9 para 3,0), Paraíba (de 2,9 para 3,0).

Acre e Alagoas repetiram o Ideb do ensino médio de 2011 (3,3 para ambos). E outras 16 redes estaduais pioraram a nota em relação ao índice anterior: São Paulo (caiu de 3,9 para 3,7); Santa Catarina (caiu de 4,0 para 3,6); Minas Gerais (caiu de 3,7 para 3,6); Paraná (3,7 para 3,6); Mato Grosso do Sul (caiu de 3,5 para 3,4); Ceará (caiu 3,4 para 3,3); Roraima (caiu de 3,5 para 3,2); Tocantins (caiu de 3,5 para 3,2); Amazonas (caiu de 3,4 para 3,0); Amapá (caiu de 3,0 para 2,9); Maranhão (caiu de 3,0 para 2,8); Bahia (caiu de 3,0 para 2,8); Sergipe (caiu de 2,9 para 2,8); Mato Grosso (caiu de 3,1 para 2,7); Pará (caiu 2,8 para 2,7) e Rio Grande do Norte (caiu de 2,8 para 2,7).

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Francisco Soares, explicou o fato de o Ideb Brasil 2013 para o ensino médio ter se mantido estável em 3,7: “Por que ficou estável? Porque melhoramos um componente, melhoramos o componente de rendimento”, disse ele.

De acordo com os dados do governo, o indicador de rendimento (o cálculo da taxa de aprovação, de reprovação e de abandono) subiu de 0,80 para 0,82. Já a nota média padronizada mostra que o desempenho dos alunos na Prova Brasil, com uma queda de 4,57 para 4,44. A meta do Ideb Brasil para o ensino médio, porém, é 3,9.

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