Hannah Arendt é homenageada com Doodle do Google no seu 108º aniversário

O 108º aniversário de Hannah Arendt foi lembrado em Doodle do Google nesta terça-feira (14). A homenagem à escritora alemã pode ser vista na página inicial do buscador em diversos países. Considerada uma grande filósofa, Hannah rejeitava constantemente esse título por dizer que “os homens, e não o Homem, vivem na terra e habitam o […]

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O 108º aniversário de Hannah Arendt foi lembrado em Doodle do Google nesta terça-feira (14). A homenagem à escritora alemã pode ser vista na página inicial do buscador em diversos países. Considerada uma grande filósofa, Hannah rejeitava constantemente esse título por dizer que “os homens, e não o Homem, vivem na terra e habitam o mundo”, em oposição à filosofia, que analisa “o homem no singular”. A alemã é mais conhecida pelo livro “A Condição Humana”, que relata o desenvolvimento histórico da existência humana, da Grécia Antiga até a Europa moderna.

Hannah Arendt é uma filósofa política alemã de origem judaica, considerada uma das mais influentes do século XX. Ela nasceu no dia 14 de outubro de 1906 em Linden, Alemanha, e faleceu no dia 4 de dezembro de 1975 em Nova Iorque, Estados Unidos, com 69 anos. Ela se mudou para a América após a perseguição dos judeus a partir de 1933, ano em que foi presa. Mas, a cidadania americana só veio anos mais tarde, em 1951. O trabalho filosófico de Hannah Arendt envolve política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, as relações e condições de trabalho, a violência e a condição feminina.

Hannah refutava o rótulo de filósofa também pois dizia que o termo não cabia dentro das ciências políticas. Mas, teve aula com nomes da filosofia enquanto esteve na Alemanha, como Martin Heidegger e Nicolai Hartmann, além do teólogo Rudolf Bultmann. A relação próxima com Heidegger resultou em um caso amoroso, apesar da grande diferença de idade entre os dois – Hannah Arendt tinha 18 anos e Heidegger 35. Foi o fim da relação que a fez mudar da Universidade de Marburg para Freiburg, estudando ali sob a orientação de Edmund Husserl.

Paradoxalmente, seu primeiro livro teve o título “O conceito do amor em Santo Agostinho: Ensaio de uma interpretação filosófica”. É, na verdade, a primeira edição de sua tese de doutoramento, de 1929, em que usa Heidegger e Jaspers para enfatizar a importância do nascimento, tanto para o indivíduo como para seu próximo. A crítica a seu trabalho veio para considerar que ela não considerava Santo Agostinho como como sacerdote, mas como filósofo, destacando a falta de uso de literatura teológica recente.

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