Há três anos, ‘Família Santos’ já havia sido presa por estelionato em Campo Grande
Há pelo menos três anos, os envolvidos no golpe de venda de livros já haviam sido presos pelo crime de estelionato, em Campo Grande. Na época eles alugavam uma casa na região central e usavam como escritório da suposta empresa. O grupo era formado por 18 pessoas que chegaram a faturar R$ 500 mil em […]
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Há pelo menos três anos, os envolvidos no golpe de venda de livros já haviam sido presos pelo crime de estelionato, em Campo Grande. Na época eles alugavam uma casa na região central e usavam como escritório da suposta empresa.
O grupo era formado por 18 pessoas que chegaram a faturar R$ 500 mil em pouco tempo. A quadrilha cria uma situação que persuade a vítima a cair no golpe.
Com isso, a vítima adquire um livro com até dez mil por cento maior que o valor real. O exemplar de R$ 8 é repassado a R$ 800.
Edivaldo Santos Costa, de 30 anos, preso nesta semana e apontado como o chefe da quadrilha, também foi autuado na época, como sendo o responsável pelo esquema de ludibriar as vítimas para conseguir vantagem.
Operação
Após denúncias, equipes da 5ª DP (Delegacia da Polícia Civil), da Vila Piratininga, região sul de Campo Grande, iniciou uma operação para deter os envolvidos na venda de livros. A ação foi realizada no início desta semana.
O delegado responsável pelo caso, João Reis Belo, descobriu que eles chegaram a abrir uma empresa de fachada para obter credibilidade das vítimas.
“A venda de livros é apenas uma desculpa para eles obterem vantagens financeiras junto às vítimas, pois eles criam história para convencê-las a adquirir o produto, isso sim é considerado crime de estelionato. Quando se usa de artifícios para conseguir algo”, explica o Reis Belo.
O grupo foi identificado como Mário Diego Santos Bezerra, de 26 anos, Waltson José dos Santos, de 21 anos, Denílson Santos Fontes, de 26 anos, Alessandro Costa dos Santos, de 25 anos, Ana Carolina da Silva Santos, de 21 anos, José Paulo da Silva Santos, de 25 anos, Diogo da Silva Santos, de 29 anos, além de Edivaldo, apontado como chefe da quadrilha.
O grupo utilizava uniforme, crachá e chegou a abrir uma empresa no início deste ano na Junta Comercial do Estado de Sergipe. Com toda a parafernália, eles retornaram para Campo Grande para aplicar o mesmo golpe.
O vestuário, cartão de apresentação com o nome de uma empresa e CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) fazem com que o grupo obtenha credibilidade das vítimas. “Tentamos ligar para o telefone da suposta empresa, porém ninguém atendeu, mais uma prova que a sede física não existe. Tudo foi criado para ludibriar as vítimas”, afirma o delegado.
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