Governo de MS autorizou 180 viagens em dezembro e desembolsou quase R$ 300 mil

Mãe e filha viajaram a custa do governo do Estado dois dias antes do Natal. Elas voltaram de São Paulo somente no dia 26 de dezembro.

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Mãe e filha viajaram a custa do governo do Estado dois dias antes do Natal. Elas voltaram de São Paulo somente no dia 26 de dezembro.

Servidores públicos estaduais e secretários de Estado fizeram pelo menos 182 viagens de avião em dezembro pagas pelos cofres públicos. Levantamento feito pelo Midiamax com base em edital da Secretaria de Estado de Administração publicado hoje no Diário Oficial revela que o gasto com essas passagens foi de R$ 295.487,16.

De acordo com o documento assinado pela Secretária de Estado de Administração, em substituição, Vanessa Teresinha de Souza Lopes Oliveira, as passagens aéreas foram feitas para a realização de trabalhos ou serviços.

Um desses serviços pode ter sido realizado durante o Natal. Duas servidoras viajaram em nome do Fesa (Fundo Emergencial para a Defesa da Saúde Animal de Mato Grosso do Sul) para São Paulo no dia 23 e retornaram no dia 26. Elas têm o mesmo sobrenome e seriam mãe e filha.

Viajaram em dezembro servidores das Secretarias de Educação, Fazenda, Habitação, Obras, Justiça e Segurança Pública, Turismo, Assistência Social e das agências de Previdência Social (Ageprev), de Gestão de Empreendimentos (Agesul) e da Agraer.

Também foram pagas passagens de servidores do Detran, EscolaGov, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Fertel (Fundação Estadual Jornalista Luiz Chagas de Rádio e Televisão Educativa de MS), da Fundação de Turismo de MS, Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) e da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), entre outros.

Entre os diversos passageiros que viajaram a custa do governo estão funcionários do 1º e 2º escalão como o secretário Carlos Marun (Habitação) e o diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), José Antônio Roldão.

A princípio não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade nas compras das passagens pelo governo. No entanto, a divulgação desses dados populariza a discussão em torno dos gastos públicos junto ao cidadão comum e aumenta a transparência e o controle social.

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