Gilson Kleina vive maior pressão por demissão desde seu início no Verdão

Gilson Kleina vive o momento de maior pressão desde que assumiu o cargo de técnico do Palmeiras, em setembro de 2012. As três derrotas seguidas para Fluminense, Flamengo, ambas pelo Brasileirão, e Sampaio Corrêa, pela ida da segunda fase da Copa do Brasil, deixam o sob forte ameaça de demissão. Parte da torcida e dos […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Gilson Kleina vive o momento de maior pressão desde que assumiu o cargo de técnico do Palmeiras, em setembro de 2012. As três derrotas seguidas para Fluminense, Flamengo, ambas pelo Brasileirão, e Sampaio Corrêa, pela ida da segunda fase da Copa do Brasil, deixam o sob forte ameaça de demissão. Parte da torcida e dos conselheiros alviverdes cobram uma resposta da diretoria. Uma decisão sobre o futuro do treinador deve sair após reunião nesta quinta-feira entre o departamento de futebol e a comissão técnica.

Desde 2012, Kleina sobreviveu a cinco eliminações (duas no Paulista, uma na Sul-Americana, uma na Taça Libertadores e uma na Copa do Brasil), uma goleada por 6 a 2 para o Mirassol, no Paulistão de 2013, e ao rebaixamento para a Série B, na sua primeira temporada, quando teve pouco tempo para salvar a equipe. Agora, porém, o próprio técnico reconhece ser o momento mais complicado da sua trajetória, mesmo ainda tendo a chance de se classificar à terceira fase da Copa do Brasil.

“Sabemos que a nossa diretoria, o presidente Paulo (Nobre) e eu somos apontados e pressionados neste momento. Mas toda a avaliação tem de ser muito minuciosa. O que queremos é tranquilizar no momento mais difícil que todos nós estamos passando no Palmeiras. É fazer do jogo do Goiás (sábado, no Pacaembu) um grande divisor de águas. O trabalho de 20 meses não pode ser jogado fora por três derrotas”, afirmou.

Os críticos de Kleina consideram que falta de padrão tático no time. O treinador, porém, tem sofrido desde a virada do ano com a perda de referências da equipe: jogadores como Henrique (vendido ao Napoli), Alan Kardec (negociado com o São Paulo), Luis Felipe (encostado após briga judicial com a diretoria pela renovação contratual) e Márcio Araújo (não renovou e foi para o Flamengo), titulares na campanha do título da Série B. Além disso, os desfalques de Fernando Prass (cirurgia no cotovelo direito) e Valdivia (sobrecarga muscular) também pesaram contra diante do Sampaio Corrêa.

No momento, Kleina reconhece sua parcela de culpa pela situação da equipe, mas não se julga o principal responsável pela má fase do Palmeiras. O treinador acredita que o time estava encaixado durante a disputa do Paulistão, no início do ano centenário, mas as seguidas perdas de jogadores importantes sem reposições à altura minaram seu trabalho. E alguns atletas do elenco alviverde concordam com esse pensamento.

“Este é o terceiro time diferente que comando. Dirigi um time na Libertadores do ano passado, outro na Série B e agora estamos remontando uma equipe. É uma fase de reconstrução e quero enaltecer a entrega dos jogadores. Houve evolução, mas não foi suficiente”, disse.

Nas últimas semanas, a pressão sobre o comandante aumentou e o ambiente do clube piorou com a saída de Kardec. Conselheiros, inclusive, chegaram a sugerir nomes como Vanderlei Luxemburgo, desempregado desde novembro de 2013, após sair do Fluminense, e Dorival, campeão Paulista com o Ituano.

Uma eventual demissão do treinador implicará na seguinte cláusula de rescisão: o Palmeiras precisará pagar a ele o equivalente a dois salários como multa (ganha R$ 200 mil mensais, além do sistema de bônus por produtividade que pode resultar até em R$ 400 mil), a não ser que o técnico acerte com outro clube nesse período de 60 dias.

Conteúdos relacionados