Gasolina foi item de maior impacto na alta do IPC-S em dezembro
Ao avançar de 0,66% para 0,69% entre a terceira e a última semana de dezembro, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve comportamento dentro do esperado pela instituição, afetado pelo reajuste da gasolina nas refinarias e por pressões sazonais típicas do fim de ano, com destaque para […]
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Ao avançar de 0,66% para 0,69% entre a terceira e a última semana de dezembro, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve comportamento dentro do esperado pela instituição, afetado pelo reajuste da gasolina nas refinarias e por pressões sazonais típicas do fim de ano, com destaque para os alimentos e alguns serviços.
Segundo André Braz, economista da FGV, havia dúvidas sobre a alta do combustível, mas o aumento apurado de 3,93%, após 2,58% na semana anterior, pode ser considerado “quase o teto” do potencial de repasse dos distribuidores às bombas. No mês passado, a gasolina foi a maior influência sobre o fechamento do IPC-S e adicionou 0,11 ponto percentual no índice. Já o grupo transportes, puxado pela trajetória dos combustíveis, se acelerou de 0,82% para 1,20% entre a terceira e a quarta semanas de dezembro.
Outra fonte de pressão sobre o indicador partiu da alimentação, que subiu de 0,90% para 0,93% na passagem semanal. De acordo com Braz, as carnes bovinas foram a principal explicação para esse movimento, ao aumentarem de 1,87% para 2,82%, mas os alimentos in natura também seguiram em trajetória de ascensão, devido à diminuição sazonal da oferta desses produtos. “A temperatura elevada não é muito boa para a agricultura”, diz o economista, para quem os preços de alimentos devem continuar em patamar alto em janeiro.
Braz não calculou a inflação de serviços de dezembro, mas afirma que alguns itens que compõem esse grupo também incomodaram no mês, tais como alimentação fora de casa (0,62%) e cabeleireiro (1,1%). “Nesta época do ano existe uma demanda maior pelos serviços, o que já havia sido antecipado pelo IPCA-15, do IBGE”, notou. Na prévia da inflação oficial de dezembro, os preços de serviços saltaram 1,1%.
A FGV ainda não tem estimativas para a inflação ao consumidor de janeiro, mas Braz afirma que, mesmo com a saída do impacto da alta da gasolina do índice, há chances de uma nova aceleração do IPC-S. Os reajustes de mensalidades escolares e de cursos não regulares, que, pela metodologia da fundação, são captados no momento da correção, podem mais que compensar o alívio na parte de transportes, observa o economista. No primeiro mês de 2014, ele calcula que a parte de educação pode subir de 7% a 8%.
A recomposição parcial do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, por outro lado, não é fonte de preocupação para a inflação de janeiro na avaliação do economista da FGV. A partir deste mês, a alíquota para carros populares aumentou de 2% para 3%. “Estoques antigos e promoções podem retardar a captação do impacto do IPI no índice”, disse. Além disso, ele lembra que o início do ano não é um período de vendas aquecidas, já que o orçamento das famílias está mais apertado.
Braz ainda argumenta que a obrigatoriedade de mais itens de segurança em todos os carros novos terá efeito discreto sobre os indicadores de inflação, porque são poucos os modelos que não contam com airbags e freios ABS. “Alguns carros não têm condições técnicas de receber esses itens e vão parar de ser fabricados.” Além disso, diz, de acordo com a metodologia da FGV, se houver a readequação de algum veículo, ele será capturado como um novo modelo no IPC-S – e, portanto, seus preços vão partir de uma “base zero”.
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