Funcionária pública é vítima de golpe da pirâmide financeira e perde mais de R$ 1.000

 A funcionária pública E.M., de 40 anos, foi vítima de golpe da pirâmide financeira. Em agosto do ano passado, com problemas de saúde e altos gastos com medicamentos, ela procurou uma forma de ajudar nas despesas. Ela ficou sabendo da MultiClick Brasil, empresa que diz pagar seus afiliados para compartilhar anúncios publicitários no Facebook. “Eu […]

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 A funcionária pública E.M., de 40 anos, foi vítima de golpe da pirâmide financeira. Em agosto do ano passado, com problemas de saúde e altos gastos com medicamentos, ela procurou uma forma de ajudar nas despesas. Ela ficou sabendo da MultiClick Brasil, empresa que diz pagar seus afiliados para compartilhar anúncios publicitários no Facebook.

“Eu lembro que via na mídia, no SBT, no Programa do Ratinho, do Silvio Santos, achei que era algo de credibilidade”, conta. E.M. entrou com R$ 2.750 com a promessa de que, divulgando os anúncios, receberia R$ 200 por semana em um ano. A funcionária pública recebeu apenas nos dois primeiros meses, tendo prejuízo de mais de mil reais.

“Daí para frente não recebi mais nada. Nunca imaginava que fosse um golpe. E o pior é que indiquei para meu marido, meu enteado e uma amiga”, revela. A MultiClick Brasil prometia também que o afiliado receberia R$ 200 para cada indicação. E.M. não recebeu nada.

“Meu marido entrou com R$ 2.750 e não recebeu nada, meu enteado também e minha amiga também. Tivemos um prejuízo enorme”, lamenta. A funcionária pública disse que ouviu mais histórias de que várias pessoas também não receberam nada. “Eles continuaram sem pagar e o Ministério Público interditou a empresa”.

Desespero

E.M. teve, além de problemas pessoais, depressão por conta do golpe. “Estou de mãos e pés atados, não sei o que fazer, eu preciso desse dinheiro de volta”, pede a funcionária pública, que disse não ter entrado com processo até agora por que estava mal, com depressão. “Preciso de uma orientação, procurar o MP”, analisa.

Sem resposta

A reportagem ligou para Wladimir, nome que estava em folder da MultiClick Brasil mostrado pela vítima. Na primeira ligação, Wladimir desligou ao ouvir seu nome. Na segunda, após pedirmos informações sobre como se filiar à empresa, ele pediu para retornar em meia hora e não retornou.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do Ministério Público Estadual e da MultiClick Brasil e não obteve resposta de nenhum dos dois.

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