Funcionária do CCZ admite que casal foi impedido de deixar local por ter havido agressão
Uma segunda veterinária do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Yara Domingues, que também estava de plantão neste domingo (7), admitiu que o portão foi fechado pelos guardas locais, impedindo um casal, ligado a um grupo de proteção animal, de sair. “Ele (o guarda) fechou mesmo. Faz isso sempre que há confusão, agressão”, frisa. De […]
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Uma segunda veterinária do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Yara Domingues, que também estava de plantão neste domingo (7), admitiu que o portão foi fechado pelos guardas locais, impedindo um casal, ligado a um grupo de proteção animal, de sair.
“Ele (o guarda) fechou mesmo. Faz isso sempre que há confusão, agressão”, frisa.
De acordo com Yara, a outra veterinária, que atendeu o casal e prefere não ser identificada, pediu para que os integrantes do grupo se retirassem do local por estarem muito alterados. Além disso, ela teria pedido para os guardas anotarem a placa do carro do grupo, o que teria irritado os integrantes.
Com isso, o casal teria agredido a funcionária do CCZ e, apenas em virtude dessa agressão, a veterinária teria trancado o portão da unidade para impedir que eles fossem embora. O guarda teria dito ao casal que eles não estavam detidos, porém, era para eles aguardarem a chegada da polícia.
Neste sentido, o advogado do CCZ, Ricardo Machado, disse que foi feito um BO (Boletim de Ocorrência) de desacato a servidor público em atividade e de lesão corporal. A veterinária estaria com arranhões nas mãos.
Por sua vez, o advogado do grupo de proteção animal, Diego Nassif, disse que é preciso apurar o motivo pelo qual não foi feito um BO de registro da detenção do casal dentro do CCZ. Segundo ele, será pedido um contra boletim para isso.
“Isso foi uma arbitrariedade e incorre em crime. Depois haverá uma ação criminal para responsabilizar alguém”, destaca.
Quanto aos maus-tratos a animais cometidos pelo CCZ, Nassif disse que vai recomendar a uma comissão da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) para que seja pedida uma investigação ao MPE (Ministério Público Estadual).
O caso
O casal Aline Felix e seu companheiro que prefere não ser identificado, foi ao CCZ neste domingo (7), para saber informações de um cachorro que estava sofrendo maus-tratos.
Durante a conversa com uma veterinária, eles teriam descoberto que o animal teria sido sacrificado e que o CCZ, frequentemente, faz esse procedimento por não ter recursos para tratar os animais.
Toda essa confissão da funcionária do CCZ teria sido gravada pelo grupo de proteção aos animais.
Após saber da existência do vídeo, a veterinária teria impedido o casal de deixar o local portando a gravação.
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