Funai confirma ataque de fazendeiros durante protesto de comunidade indígena

A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou ataques de fazendeiros a índios da comunidade Pyelito Kue Mbarakay, no município de Iguatemi, a 461 quilômetros de Campo Grande, durante protesto. Conforme publicado pelo conselho Aty Guasu, no dia 12 de fevereiro, os fazendeiros mandaram atacar e lançar tiros sobre os indígenas. A nota, publicada nesta segunda-feira […]

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A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou ataques de fazendeiros a índios da comunidade Pyelito Kue Mbarakay, no município de Iguatemi, a 461 quilômetros de Campo Grande, durante protesto. Conforme publicado pelo conselho Aty Guasu, no dia 12 de fevereiro, os fazendeiros mandaram atacar e lançar tiros sobre os indígenas.

A nota, publicada nesta segunda-feira (17), confirma também ameaças a servidores da Funai. “No último dia 13, foi comunicado oficialmente à sede desta fundação que produtores rurais bloquearam a entrada que dá acesso à área indígena Pyelito Kue e Mbarakay e ameaçaram a comunidade e um servidor público federal, no exercício legal de suas funções”. 

Os ataques ocorreram durante protestos por funcionamento de escola indígena na comunidade e contratação de professores para atendimento de 50 crianças. Os índios afirmam que o prefeito de Iguatemi José Roberto Felippe Arcoverde, se nega a atender à demanda.

Conforme o órgão, não foi registrado nenhum tipo de violência ou vandalismo por parte dos indígenas e que a Funai “encaminhou as reivindicações da comunidade indígena, tão logo as recebeu, aos órgãos competentes, tais como a Secretaria Municipal de Educação de  Iguatemi e as forças de segurança pública”.

Em informe publicado pelo Aty Guasu no dia 15 de janeiro, os índios relataram outros problemas enfrentados pela comunidade como a falta de atendimento à saúde, miséria, fome, ameaça de morte às lideranças indígenas e seis mortes indígenas guaranis kaiowás por atropelamento.

A área na qual está inserida a Fazenda Cambará foi identificada como Território Tradicional Indígena, de acordo com estudo de delimitação publicado em Janeiro de 2013, e aguarda demarcação.

 

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