Flu e Grêmio não saem do zero no Maracanã e tabu entre os times cresce

O tabu aumentuo. Se havia sete jogos que o Fluminense não vencia o Grêmio, a série aumentou para oito. No Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, as duas equipes se enfrentaram, em jogo iniciado às 22h desta quarta-feira, e não saíram do empate por 0 a 0.

Com o resultado, os cariocas foram aos 37 pontos e mantiveram distância do G4, em 6º lugar. Os gaúchos, uma posição acima na tabela, também ficaram de fora da zona de classificação para a Libertadores. Estes, porém, com 40 pontos conquistados.

Etapa sonolenta termina no 0 a 0

O confronto teve, principalmente, dois lances de perigo para ambos os lados. Aos 6 minutos, foram os donos da casa que chegaram perto de abrir o marcador. Cícero, da intermediária, mandou uma bomba de perna esquerda e tirou tinta da trave gremista. Já aos 17, Fellipe Bastos deu o troco. Também com chute de grande potência, acertou o poste de Diego Cavalieri, que nem sequer teve tempo de reagir à finalização do adversário.

Na sequência do jogo, o Grêmio até teve uma chance de alterar o placar após cobrança de escanteio. A zaga do Flu ficou parada e permitiu cabeceio de Rhodolfo. O zagueiro, porém, testou muito mal e Cavalieri não teve problemas em segurar a bola.

De resto, a partida foi bastante disputada. O Grêmio teve o controle do meio de campo, conforme foi reconhecido por Fred no intervalo: “Eles estão dominando o jogo. Estamos sentindo dificuldades”. A superioridade gremista, no entanto, não foi traduzida em oportunidades perigosas. Tampouco em gols. O atacante Barcos, ao invés de protagonizar lances ofensivos, se destacou ao tentar forjar uma cotovelada do jovem Marlon, de 19 anos. Deveria ter se preocupado mais em fugir da posição de impedimento.

Por conta do tempo perdido pelo atacante argentino estar caído com a mão no rosto, o árbitro sinalizou mais dois minutos de acréscimos. Nada mudou. Sem grandes emoções, o intervalo foi assinalado.

Jogo melhora muito, mas placar segue zerado

A segunda etapa começou melhor. O desgaste físico de ambas as equipes, gerado pela intensidade do primeiro tempo, abriu espaços para que os dois times pudessem atacar e criar mais chances de gol. Quem também melhorou foi Barcos. Logo aos 4 minutos, o argentino acertou a trave de Diego Cavalieri, após cruzamento de Pará.

O Grêmio seguiu pressionando os donos da casa. As jogadas pelas laterais surgiam com facilidade nos primeiros minutos do segundo tempo. O panorama da partida, no entanto, mudou radicalmente a partir da entrada de Kenedy no lugar de Rafael Sobis. O jovem atacante incendiou o jogo.

Dos 12 minutos ao fim, o Flu dominou o confronto e teve diversas oportunidades de alterar o placar do Maracanã. Fred e o próprio Kenedy obrigaram Marcelo Grohe a realizar duas grandes defesas. A única grande chance dos gremistas saiu, novamente, do talento de Barcos. O jogador, fora da área, cortou Chiquinho e finalizou. Cavalieri teve que praticar uma acrobacia para espalmar a bola.

Fora o milagre do arqueiro do Fluminense, tudo seguiu da mesma forma na etapa final. Aos 37 minutos, inclusive, Kenedy perdeu grande chance. O jovem, dentro da área, “limpou” dois marcadores. Na hora de finalizar, pegou muito mal na bola e, frente a frente com Marcelo Grohe, praticamente recuou para o adversário.

Depois da oportunidade desperdiçada, não houve tempo para mais nada. O jogo de dois tempos distintos terminou empatado e sem gols. Se o Grêmio foi melhor na primeira etapa, o Flu melhorou depois do intervalo. Mais precisamente depois da entrada de Kenedy. Os erros de finalização, porém, se repetiram.