Fiocruz encontra três espécies no Pantanal que podem combater a dengue
Num acervo de 4.400 plantas coletadas no Pantanal Mato-Grossense, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encontraram três espécies que inibem a replicação do vírus da dengue. Em Mato Grosso do Sul, os trabalhos se dividem em várias linhas de pesquisa. Os extratos vegetais foram testados em células infectadas com os vírus dos tipos 2 e […]
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Num acervo de 4.400 plantas coletadas no Pantanal Mato-Grossense, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encontraram três espécies que inibem a replicação do vírus da dengue. Em Mato Grosso do Sul, os trabalhos se dividem em várias linhas de pesquisa.
Os extratos vegetais foram testados em células infectadas com os vírus dos tipos 2 e 3. A pesquisa caminha agora para nova fase, a de testes em animais, para avaliar a toxicidade.
Ao testarem as possibilidades terapêuticas das plantas, os pesquisadores chegaram a três famílias capazes de inibir a replicação do vírus da dengue. “Uma delas teve atividade fenomenal. Vamos tentar sintetizar a molécula e testar em modelo vivo”, disse a pesquisadora Jislaine Guilhermino.
No Estado, os trabalhos se dividiram em várias linhas de pesquisa – da saúde indígena à busca por novas moléculas a partir da flora local, além da formação de mão de obra. O diretor da Fiocruz-MS, Rivaldo Venâncio da Cunha, diz que a primeira etapa do trabalho em Campo Grande foi identificar as instituições que poderiam ser parceiras da Fiocruz.
“Não vamos repetir o que eles já estão fazendo. A história não começa com a chegada da Fiocruz”. Nessa busca por parceiros, chegaram à Universidade Anhanguera-Uniderp, onde o curso de Agronomia já tinha catalogado quatro mil plantas do Pantanal mato-grossense.
O trabalho se tornou possível por causa de uma estratégia que tomou fôlego nos últimos cinco anos na Fiocruz – a de descentralizar as atividades e fazer ciência no interior do País, aproveitando as diferenças regionais.
As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram escolhidas como prioritárias por causa de “vazios de desenvolvimento de ciência e tecnologia”, diz o presidente da instituição, Paulo Gadelha.
A instituição já está em nove Estados, além do Rio de Janeiro – Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Amazonas, Rondônia, Ceará, Mato Grosso do Sul e Piauí. Está em negociação a abertura de um polo no Rio Grande do Sul.
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