‘Ficará mais bonito’, diz membro de mutirão para reparar CTG incendiado
Um grupo de cerca de 50 pessoas trabalha desde a manhã desta quinta-feira (11) para reparar o galpão do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinelas do Planalto, em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O objetivo é que o local, atingido por um incêndio na madrugada anterior, esteja em condições […]
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Um grupo de cerca de 50 pessoas trabalha desde a manhã desta quinta-feira (11) para reparar o galpão do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinelas do Planalto, em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O objetivo é que o local, atingido por um incêndio na madrugada anterior, esteja em condições de receber neste sábado (13) a celebração da união de 28 casais heterossexuais e um homossexual.
“Ficará mais bonito ainda. O pessoal vai poder comemorar”, disse Sérgio Munhoz, presidente da Coordenadoria Municipal de Tradicionalismo, entidade que não faz parte do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), e que participa do mutirão.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta de 0h30, e as chamas foram controladas cerca de três horas depois. Ninguém ficou ferido, mas o fogo atingiu a parte interna da estrutura, justamente o palco, onde acontecerá o evento. De acordo com o delegado, 10% do prédio foi danificado. Não houve feridos.
A Polícia Civil investiga se o incêndio foi criminoso, e tem quatro suspeitos. O patrão do CTG, Gilbert Gisler, o Xepa, já havia informado anteriormente que estava recebendo ameaças de pessoas contrárias à celebração de uma união entre duas mulheres no local. Munhoz condena este tipo de restrição.
“Primeiro, temos de respeitar as leis. Segundo, cada um sabe o que vai fazer da vida. Vivemos em um estado democrático, a liberdade termina onde começa a do próximo em todas as suas decisões pessoais. Cada um é cada um”, argumenta.
O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Manoelito Savaris, diz que o local não é filiado ao MTG desde 2005. Ele foi desligado porque os integrantes da comunidade não seguiriam mais as regras do movimento. “Caso isso acontecesse dentro de um CTG filiado, o Conselho do MTG, composto por 49 pessoas, iria se reunir para avaliar o assunto”, declarou.
Também por meio de nota enviada à imprensa, a Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Sul repudiou o que classificou como “atitude homofóbica de um pequeno grupo de pessoas”. “Fica claro que a atitude configura-se em um crime de homofobia, pois havia um casal homossexual que participaria da cerimônia”, diz o texto assinado pela a secretária da pasta, Juçara Dutra Vieira, e a coordenadora da Diversidade Sexual, Marina Reidel.
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