Família de jornalista decapitado manda recado a jihadistas: “o EI fere as leis islâmicas”
Um dia depois da divulgação do vídeo que mostra a decapitação do norte-americano Steven Sotloff pelo grupo Estado Islâmico (EI, ex-Isis), a família do jornalista rompeu o silêncio e mandou um recado ao líder do grupo jihadista, Abu Bakr al-Baghdadi. Em árabe, o porta-voz da família de Sotloff, Barak Barfi, acusou o EI de ferir […]
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Um dia depois da divulgação do vídeo que mostra a decapitação do norte-americano Steven Sotloff pelo grupo Estado Islâmico (EI, ex-Isis), a família do jornalista rompeu o silêncio e mandou um recado ao líder do grupo jihadista, Abu Bakr al-Baghdadi.
Em árabe, o porta-voz da família de Sotloff, Barak Barfi, acusou o EI de ferir as leis islâmicas. “O mês do Ramadan é o mês da misericórdia. Onde está a sua? Wayluk’”, disse Barfi, usando uma palavra árabe que significa grande pecado. “Estou aqui para discutir com gentileza. Não tenho uma espada na mão e estou pronto para sua resposta”, disse o porta-voz, que citou alguns trechos do Corão, o livro sagrado do islã. Na mensagem, os familiares de Sotloff admitem tristeza, mas que irão se recuperar e não permitir que o inimigo tenha-os reféns do medo. “Não esqueceremos”, afirma o trecho final da mensagem.
Amigo de Sotloff, Barfi afirmou que o jornalista decapitado não era um fanático por guerras, mas sim um profissional que queria “dar voz aos que não tinham voz.” Segundo ele, Sotloff não era um herói, mas um homem gentil que sacrificou a vida para contar a história do mundo.
Cameron não descarta ataques aéreos – No País de Gales para o encontro dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que começa nesta quinta-feira (4), o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, afirmou que está liderando as tentativas para resgatar David Cawthorne Haines, britânico que é refém do EI.
Cameron revelou que contatos com o grupo jihadistas foram feitos, mas que um pagamento de resgate está fora de questão. O premier não descarta, porém, iniciar ataques aéreos em posições do EI, assim como faz os EUA. “É importante, porém, que estes interventos ocidentais não sejam feitos sobre a cabeça daqueles que, em nível local, estão procurando combater o EI e não seja feito contra demandas e atividades de parceiros regionais”, explicou Cameron, descartando a possibilidade de cooperar com o regime de Bashar Al Assad, presidente da Síria, que se dispôs a ajudar no combate ao EI.
“Al Assad faz parte do problema e não á solução”, afirmou Cameron, que acredita não serem ilegais ataques aéreos contra os jihadistas em território sírio, sem a aprovação de Al Assad. Cameron declarou que “de um modo ou de outro”, o britânico jihadista, suspeito de ter decapitado Sotloff e James Foley, irá enfrentar a Justiça.
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